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Práticas Alimentares e Identidades Escolares - Colóquios em Saúde

 

Práticas Alimentares e Identidades Escolares - Uma Etnografia sobre o Cotidiano Alimentar de uma Escola Pública de um Município do Recôncavo Baiano


Palestrante: Profa. Dra. Edleuza Oliveira Silva


Dia/horário/local: Quinta-feira 06 de junho, às 16 horas, na Sala 03 do Pavilhão de Aulas

 

Apresentação:

As práticas alimentares e os processos identitários são fenômenos que se imbricam, produzindo mútuos efeitos que, no caso das escolas públicas brasileiras, a Alimentação Escolar tem sido mediadora e constitutiva desses fenômenos. Todavia, apesar dos avanços no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), como estratégia de realização do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) nas escolas, ainda persistem práticas assistencialistas e situações de desvalorização da alimentação escolar.
Este estudo buscou compreender as interações entre práticas alimentares em torno da alimentação escolar e os processos identitários de alunos, tendo como contexto uma escola pública do ensino fundamental em um município do Recôncavo Baiano. A etnografia se configurou como abordagem teórico-metodológica para estudar o problema. A população de estudo foi constituída pelos sujeitos de uma escola estadual do município de Santo Antônio de Jesus, Bahia. O trabalho de campo foi realizado durante sete meses, constituindo-se de observação do cotidiano escolar, com foco nas práticas alimentares. Além da observação, foram realizadas 23 entrevistas com alunos, professores e funcionários. O tratamento do material produzido – diário de campo e entrevistas – consistiu em um exercício hermenêutico e categorização dos temas que emergiram. A análise das interações observadas na escola estudada aponta para o potencial de ressignificação e transformação das identidades dos alunos, da escola pública e da própria alimentação escolar. A escola estudada também se torna uma evidência do quanto o diálogo entre o campo da educação e o campo da alimentação e nutrição pode contribuir para que a alimentação escolar se integre às práticas escolares, não como um mero suporte nutricional, mas como elemento político-pedagógico e cultural, traduzida em comida e identidade de uma comunidade escolar.

 

 

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