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Estudantes brasileiros ganham prêmios na maior feira de ciências do mundo

Uma equipe de estudantes brasileiros participou da 68ª edição da Intel International Science and Engineering Fair (Intel Isef 2017), nos Estados Unidos. A feira é considerada a maior no segmento de empreendimento de pré-universitários de ciências e engenharia do país norte-americano. 

Os estudantes selecionados são finalistas da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace/2016) e levaram cinco projetos de destaque para o evento, que foi aberto no dia 14 de maio, em Los Angeles e se estendeu até o dia 19 de maio e contava com 1.403 projetos de 78 países, apresentados por 1.779 estudantes pré-universitários.

Os premiados

O primeiro lugar ficou com Ivo Zell, alemão de 18 anos, por design e construção de um protótipo operado por controle remoto de uma nova aeronave “flying wing” (ou “asa voadora”), mais eficientes do que designs tradicionais de aeronaves, mas menos estáveis em voo por possuir pouca ou nenhuma fuselagem ou cauda.

Zell recebeu o prêmio Gordon E. Moore no valor de US$ 75 mil, ou R$ 245 mil, batizado em homenagem ao cofundador e cientista da Intel. Amber Yang, também de 18 anos, da Flórida, Estados Unidos, recebeu o Prêmio Jovem Cientista da Intel Foundation no valor de US$ 50 mil, em torno de R$ 163 mil, por sua abordagem inovadora para prever a localização de nuvens de detritos espaciais que se movem na parte de baixo da órbita terrestre.

Já Valerio Pagliarino, italiano de 17 anos, recebeu o outro Prêmio Jovem Cientista da Intel Foundation no valor de US$ 50 mil, R$ 163 mil, por seu protótipo de uma nova rede wireless de alta velocidade baseada em laser.

 

É do Brasil!

Entre os brasileiros, três projetos saíram com prêmios distribuídos pela Intel ISEF: o estudante Luiz da Silva Borges, do Instituto Federal de Educação de Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul, ficou em segundo lugar em sua categoria com o projeto “Hermes Braindeck: uma interface cérebro-computador para comunicação com pacientes inicialmente classificados como comatosos ou vegetativos”, recebendo US$ 1,5 mil, ou R$ 4,9 mil.

Maria Eduarda de Almeida, aluna do Instituto Federal de Educação de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), recebeu US$ 500, ou R$ 1,6 mil, pelo quarto lugar com o projeto “BioPatriam: preservação da biodiversidade com plantas nativas brasileiras”.

A também aluna do Instituto Federal de Educação de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Juliana Davoglio Estradioto, recebeu US$ 500, ou R$ 1,6 mil, empatou no quarto lugar, com o projeto “Desenvolvimento de um novo filme plástico biodegradável com subproduto de Passiflora edulis”.

Prêmios especiais

Além dos prêmios da feira, diversas organizações que fomentam iniciativas de ciências no mundo ofereceram prêmios adicionais para os finalistas da Intel ISEF. Cinco projetos brasileiros receberam prêmios em dinheiro e menção honrosa:

  • 1° lugar e prêmio de US$ 3 mil, ou R$ 9,8 mil, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional para Beatriz da Costa Dantas e Marcelo de Melo Ramalho, da Escola Estadual João de Abreu do Rio Grande do Norte, pelo projeto “Aglomerado de milho: produto ecológico fabricado com cobalto de milho e resíduo de casca”;
  • 1° lugar e prêmio de US$ 1 mil, ou R$ 3,3 mil, da Fundação do Qatar, Pesquisa e Desenvolvimento, pelo projeto “Remoção de íons de metais pesados de águas residuais industriais usando alginato de polissacarídeo algas”, do estudante Matheus Bevilacqua, da Escola Americana de Campinas;
  • 3° lugar e prêmio de US$ 500, ou R$ 1,6 mil, da Sociedade Meteorológica Americana para o projeto “Avaliação da concentração de partículas (PM10): estudo de caso em Camboriú, Brasil” dos estudantes do Instituto Catarinense Beatriz Fraga e Daniel Oliveira;
  • 3° lugar e prêmio de US$ 500, ou R$ 1,6 mil, da Associação Americana de Fisiologia para os estudantes do Colégio Giordano Bruno de São Paulo, Isabela Dombrady, Julia Rolim e Maria Gabriela Leal, pelo projeto “Autoimagem de atletas com deficiência: um novo significado”;
  • 3° lugar e prêmio de US$ 500, ou R$ 1,6 mil, da Associação para o Avanço da Inteligência Artificial para Luiz da Silva Borges, aluno do Instituto Federal de Educação de Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul, com o projeto “Hermes Braindeck: uma interface cérebro-computador para comunicação com pacientes inicialmente classificados como comatosos ou vegetativos”.

Além dos vencedores principais, aproximadamente 600 finalistas receberam troféus e prêmios por seus trabalhos inovadores, incluindo 22 vencedores do “Melhor da Categoria”, com cada um recebendo um prêmio de US$ 5 mil, ou R$ 16,3 mil. A Intel Foundation também ofereceu um prêmio de US$ 1 mil, ou R$ 3,3 mil, para cada escola e feira afiliada à Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel representada por cada vencedor.

“A Intel parabeniza os vencedores deste ano. Os estudantes nos inspiram com seu talento e paixão para mudar o mundo”, disse Rosalind Hudnell, vice-presidente de Assuntos Corporativos da Intel e presidente da Intel Foundation. “Como um grupo diverso e inclusivo desenvolvendo soluções inovadoras para os desafios globais, esses jovens representam a próxima geração de inovadores. Temos orgulho em apoiar todos os finalistas à medida que eles se esforçam para melhorar o mundo que os cerca”.

Em busca do futuro

A Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel encoraja milhões de estudantes a explorar sua paixão pelo desenvolvimento de inovações que melhorem a maneira como trabalhamos e vivemos. Todos os finalistas foram selecionados por uma competição local afiliada e receberam uma viagem com todas as despesas pagas para a Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel.

Na competição, os finalistas são julgados por centenas de profissionais em ciências, engenharia e da indústria com Ph.D. ou equivalente (experiência profissional relacionada de seis anos) ou estudantes de pós-graduação com pesquisa de doutorado em uma das 22 disciplinas.

A Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel 2017 é financiada em conjunto com a Intel e a Intel Foundation, com suporte adicional de dezenas de outros patrocinadores corporativos, acadêmicos, governamentais e focados em ciências. Neste ano, o evento distribuiu aproximadamente US$ 4 milhões em prêmios, cerca de R$ 13 milhões.

Educação pública

O diretor de desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPCT), Romero Portella Raposo Filho, pontua a seleção da equipe brasileira como parte do programa de internacionalização da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec).

“A Intel ISEF é uma das feiras de referência de ciência, tecnologia, empreendedorismo e inovação”, destaca. “Nossa rede, com cinco projetos, mostra que todo o nosso esforço para uma educação pública e de qualidade vem dando resultados, e isso muito nos alegra. Esperamos que ocorra tudo bem e que sejamos campeões mais uma vez.”

Feira

A Intel ISEF é realizada desde 1950, e mais de 50 países apresentam trabalhos durante o evento. No Brasil, a Febrace é a responsável pela seleção dos projetos da delegação que representa o País no evento. Apenas alunos de até 19 anos podem concorrer à viagem. 

As despesas de viagem e hospedagem foram pagas pela Intel Internacional, com apoio do Ministério da Educação, que patrocinou a ida dos professores-orientadores.

 

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