Desde então a distribuição elétrica é operada pela iniciativa privada. As distribuidoras gerenciam as áreas de concessão com deveres de manutenção, expansão e provimento de infraestrutura adequada, tendo sua receita advinda da cobrança de tarifas dos seus clientes.
A tão propalada privatização do setor elétrico nos anos 90, foi justificada como necessária para a modernização e eficientização deste setor estratégico. As promessas de que o setor privado traria a melhoria da qualidade dos serviços e a modicidade tarifaria, foram promessas enganosas. Os exemplos estão ai para mostrar que não necessariamente a gestão do setor privado é sempre superior ao do setor público.
Desde 2006 é verificado na maioria das empresas do setor uma tendencia declinante dos indicadores de qualidade dos serviços com sua deterioração, refletindo negativamente para o consumidor. A parcimônia da Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ante a decadência da prestação dos serviços é evidente. Criada no âmbito da reestruturação do setor elétrico para intermediar conflitos, acabou virando parte deles. A Aneel é cada vez mais questionada na justiça tanto por causa dos blecautes que ocorrem, já que não fiscalizam direito as prestadoras de serviço que acabam fazendo o que querem, como é questionada pelos reajustes tarifários.
Esta falta de fiscalização ilustra a constrangedora promiscuidade entre interesses públicos e privados dando o tom da vida republicana no Brasil. Os gestores da Aneel falam mais do que fazem.
O exemplo mais recente e emblemático no setor elétrico é a da empresa AES Eletropaulo, com 6,1 milhões de clientes, que acaba de receber uma multa recorde de R$ 31,8 milhões (não significa que pagará devido a expectativa de que recorra da punição, como acontece em quase todas as multas), por irregularidades detectadas como o de não ressarcimento a empresas e cidadãos por apagões, obstrução da fiscalização e falhas generalizadas de manutenção. A companhia de energia foi punida por problemas em 2009 e 2010, e devido aos desligamentos ocorridos no inicio do mês de junho, quando deixou as famílias da capital paulista e região metropolitana ficarem três dias no escuro.
O que aconteceu na capital paulista, não é exclusivo. Outras distribuidoras colecionam queixas de consumidores em todo o Brasil. Vejam o caso da Light, com 4 milhões de clientes, presidida por um ex-diretor geral da Aneel, com os famosos “bueiros voadores”, cuja falta de manutenção cronica tem colocado em risco a vida dos moradores da cidade do Rio de Janeiro.
A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), com 3,1 milhões de clientes, controlada pela Neoenergia, uma das maiores empresas do setor elétrico do país, também é outra das distribuidoras que tem feito o consumidor sofrer pela baixa qualidade da energia elétrica entregue, e pelas altas tarifas cobradas.
Infelizmente a cada apagão e a cada aumento nas contas de energia elétrica, as explicações são descabidas, e os consumidores continuam a serem enganados pelas falsas promessas de melhoria na qualidade dos serviços, de redução de tarifas e de punição as distribuidores. O que se verifica de fato, somente são palavras ao léu, sem correção dos rumos do que esta realmente malfeito. A lei não pode mais ser para inglês ver, tem de ser real, e assim proteger os consumidores.
Mostrar firmeza e compromisso público com a honestidade e com a eficiência é o minimo que se espera dos gestores do setor elétrico brasileiro.
Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco
]]>Boa parte dos atuais problemas é provocada pelas atividades humanas, particularmente devido ao modo de produzir e consumir. O que esta levando o planeta a uma situação tal, que poderá se nada for feito, provocar uma alteração irreversível no clima com conseqüências físicas, econômicas e sociais catastróficas. São as fontes energéticas atuais como o petróleo/derivados, gás natural, carvão mineral responsáveis por mais de 2/3 das emissões de gases de efeito estufa no mundo.
O atual momento de investimentos e crescimento econômico que passa o Estado de Pernambuco deve ser analisado criticamente, pois obedece a uma mentalidade desenvolvimentista, ainda calcada na visão do século passado do “crescimento a qualquer custo”, ignorando a dimensão sócio-ambiental. Temos que posicionar contra clichês alardeados e flagrantemente falsos, que diz respeito ao modo de governar o Estado, de ser o novo, de se proclamar como exemplo para “um novo caminho para um novo Brasil”.
Alem do desmatamento permitido (mangues e o pouco que resta de fragmentos da Mata Atlântica) para a ampliação do Complexo Industrial e Portuário de Suape, o governo do Estado tem incentivado e justificado empreendimentos de geração de energia elétrica, como a implantação das termoelétricas movidas a combustíveis fósseis. Em maio de 2010 foi anunciado pelo grupo finlandês Wärtsilä, a construção da usina termelétrica Suape II, com uma potência instalada de 380 MW, em um terreno localizado às margens da rodovia PE-60, funcionando com óleo combustível: uma sujeira só para o meio ambiente. O projeto do tipo “chave na mão” (turnkey) pertence a um grupo formado pela Petrobrás e a Nova Cibe Energia (Grupo Bertin), prevendo o início de operação comercial para 1º de janeiro de 2012.
O óleo combustível, que dentre os combustíveis fósseis é o que mais contribui ao efeito estufa e para as mudanças climáticas, emite para cada 0,96 m3 de óleo consumido 3,34 toneladas de CO2, segundo a Agência Internacional de Energia. Estima-se que a emissão anual desta instalação será de pelo menos 2 milhões de toneladas de CO2.
A construção no município do Cabo da Usina Termoelétrica Suape II, e com previsão de outra Termoelétrica a Suape (III ?) também movida com óleo combustível, são exemplos de empreendimentos que vão na contramão, do grande desafio atual que é da substituição dos combustíveis fosseis pelas fontes renováveis de energia.
Em nome de alavancar o desenvolvimento do Estado, com investimentos sendo realizados na região e a criação de novos postos de trabalho e geração de renda, se perpetua um modelo predatório, cujas conseqüências podem ser traduzidas na aceleração da degradação ambiental e no aumento das emissões de gases de efeito estufa, responsável pelas mudanças climáticas; além de pressionar os problemas econômicos e sociais com mais concentração da riqueza gerada.
Apesar do discurso pela busca de sustentabilidade entre empresas e governo ser cada vez mais recorrente, Pernambuco tem aumentado a produção e o consumo de energia suja. Aqui o crescimento econômico não combina com preservação ambiental, pois tem gerado um aumento da poluição, que torna seu desenvolvimento insustentável.
Por *Heitor Scalambrini Costa
*Professor Associado da Universidade Federal de Pernambuco
]]>Para reivindicar o benefício, um grupo de políticos locais, liderados pelo prefeito Orlando Peixoto Perreira Filho, o Orlandinho, foi recebido em audiência pelo secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Ramos.
O Cidade Digital é também uma rede para ferramentas como VoIP, videoconferências e oferece até mesmo aplicações em telemedicina. O secretário Eduardo Ramos reafirmou que a prioridade inicial será voltada para escolas, estabelecimentos de saúde, prédios da administração pública e os Centros Digitais de Cidadania (CDCs), além da geração de emprego e renda. Para isso, o Cidade Digital terá recursos federais, oriundos do orçamento dos ministérios, como o Ministério do Planejamento, verbas de emendas de bancadas e também recursos próprios do Governo da Bahia.
O Prefeito Orlandinho destacou que Cruz das Almas experimenta, hoje, uma dinâmica de desenvolvimento extraordinário, pois se tornou um pólo de educação e uma cidade universitária, abrigando também o único centro de pesquisa da Embrapa na Bahia.
“Neste contexto”, disse o prefeito, “o Programa Cidade Digital irá atender não só aos estudantes, como também a todos os cidadãos cruzalmenses, através do acesso aos mais modernos meios da tecnologia da comunicação e da informação”.
Fonte: Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti)
]]>O encontro, que é aberto ao público, tem como finalidade apresentar as últimas inovações, atividades e pesquisas elaboradas nas áreas da ciência e tecnologia no Recôncavo. A programação da SBPC Regional também envolve o segmento jovem, a terceira idade e a comunidade acadêmica.
Além disso, o evento oferece palestras, mini-cursos, conferências, mesas redondas, oficinas, apresentações de grupos culturais e shows musicais para diversos tipos de público. Também serão discutidos temas atuais como o uso de energia limpa, robótica, TV digital, exploração de petróleo e gás com a implantação do Pólo Naval, em Maragogipe.
Paralelo ao encontro da SBPC, a UFRB realiza o Seminário de Pós- Graduação e o Seminário Estudantil de Pesquisa. Nos dois eventos, são apresentados os trabalhos feitos por pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação da instituição nos cinco campi.
Para o representante da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da UFRB e membro da comissão organizadora, professor Carlos Alfredo Carvalho, a escolha de Cruz das Almas para sediar a versão regional do evento deve-se ao empenho da instituição federal junto à SBPC nos últimos dois anos. Outro fator importante é que a entidade científica também se preocupa em dar apoio às instituições novas e com perspectiva de desenvolvimento.
O professor cita ainda a importância do evento para a região. “É o momento ímpar para se discutir ciência, tecnologia e inovação no Recôncavo”, frisa Carvalho.
Criada em 1948, na cidade de São Paulo, a SBPC é uma entidade civil voltada à defesa do avanço científico e tecnológico, assim como a expansão do sistema nacional da ciência e da tecnologia, ajudando na divulgação e popularização dos trabalhos acadêmicos. A instituição conta com mais de 2000 sócios entre pesquisadores, docentes e estudantes.
A entidade promove reuniões anuais e regionais em vários locais do Brasil. Este ano, o encontro anual será realizado em Natal, de 25 a 30 de julho, na UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Na Bahia, a SBPC regional já promoveu reuniões nas cidades de Salvador e Feira de Santana.
Por Gustavo Medeiros
]]>Inicialmente, foi apresentado para a comunidade acadêmica o PLUG (Programa de Disseminação do Software livre nas escolas do Recôncavo), que vai selecionar bolsistas e voluntários para atuar nas escolas de Cachoeira e São Félix.
O evento contou com as presenças dos estudantes do curso de pós-graduação da Faculdade de Educação da UFBA (Universidade Federal da Bahia) alunos da matéria Ética Hacker, integrada ao grupo de setudos sobre o haquerismo e ministrada professor Nelson Pretto.Paralelo ao evento de Cachoeira, acontecia também na UNICAMP um seminário sobre o mesmo tema
Paralelo ao evento de Cachoeira, acontecia também na UNICAMP um seminário sobre o mesmo tema.
A intenção do evento é desmistificar a figura do hacker no âmbito social, ligada a praticas marginais nos meios tecnológicos e mostrar que ele é apenas trabalha para compartilhar informações. Os estudantes Karina Menezes e José Américo Menezes explicaram melhor um pouco do que é o papel do hacker. “O hacker põe todo o seu esforço para contribuir com o alcance social de forma que todos tenham um melhor acesso”, salienta os estudantes.
Além disso, para os estudantes, a ética hacker significa trabalhar com a finalidade de melhorar o acesso do que é produzido nos meios eletrônicos e frisam que o hacker também trabalha em outras áreas além da computação. “Pelo que a gente tem percebido, a ética hacker é muito próxima de uma atitude, ou seja, é uma tarefa para o bem comum”, acrescentam.
Karina Menezes enfatiza que a ética hacker contribuiu para o compartilhamento de informações disponíveis na internet. “A gente tenta, nessa disciplina, colocar em prática os princípios que fundamentam a ética hacker que é o da colaboração, do criar junto e de aproximar”, garante Karina.
Já Nelson Pretto relata a contribuição do hacker na computação, na digitalização e em outros processos de produção de uma nova linguagem. “A criação da internet, do computador, tudo isso foi nascendo através de um esforço de cooperação”, afirma o professor.
Ele garante que a intenção de debater o tema vai resgatar todos os conceitos sobre a ética hacker. “O que hoje nós estamos tentando fazer é resgatar essa história dos hackers e da colaboração”, lembra.
Por Gustavo Medeiros
]]>Na oportunidade, será lançado o Programa de Disseminação do
Software Livre em Escolas do Recôncavo – PLUG!.O evento é uma promoção conjunta do LinkLivre e da FACED/UFBA. A entrada é gratuita e aberto ao público.
Confira o link com a programação http://www.ufrb.edu.br/plug/programacao-a-etica-hacker-e-a-sociedade-livre/
Confira a programação completa do evento
13h- Credenciamento
13h30- Apresentação do Plug!-Programa de Disseminação de Softwares Livre em escolas públicas do Recôncavo
14h-Mesa Redonda – A Ética Hacker e a Sociedade Livre
15h30-Ética Hacker e Educação
16 h- Debate Livre
17h30- Encerramento
Por Alene Lins
]]>A parceria firmada entre a Fapesb, o Governo do Estado e a prefeitura vai apoiar pesquisas para auxiliar no enfrentamento dos desafios que acometem a população local, dentro de uma concepção de gestão pública centrada nas políticas afirmativas. Serão aceitos projetos envolvendo determinantes sociais de saúde, incluindo a ambiental, especialmente no que se refere aos problemas que acometem a população negra – 95% do município.
“Este é um projeto inédito e inovador porque o município é o primeiro, no estado, a fazer um investimento desse porte em pesquisa, com o objetivo de dispor de subsídios para construir uma política pública na área da saúde”, afirmou a secretária da Saúde de São Francisco do Conde, Marília Fontoura, acrescentando que, por meio da pesquisa, será possível conhecer melhor os problemas de saúde que afligem a população negra do município.
A idéia inovadora vem agradando a diversos segmentos da sociedade. O professor Maurício Barreto, pesquisador da área de epidemiologia e único nordestino a compor a Academia Brasileira de Ciências, por exemplo, disse que a iniciativa deve ser aplaudida pela “comunidade cientifica”. “O fato de uma prefeitura destinar uma quantidade substancial de recursos em busca do conhecimento dos seus problemas, utilizando um sistema de concorrência publica dentro da comunidade cientifica, em lugar das clássicas consultorias, deve ser comemorado como um forma exemplar da construção do conhecimento, com grande possibilidade de contribuir com soluções originais para o repensar do Sistema de Saúde a nível local”, acentuou Barreto.
Para o professor da Universidade Federal da Bahia, Antônio Alberto Lopes, “o tema é da maior importância para a região. Gostaria muito de ajudar a agregar vários de nós em um projeto multidisciplinar. A necessidade é urgente de conhecer melhor a dimensão do problema de saúde que afeta predominante esta população e a da Bahia de modo geral, que é altamente miscigenada, com traço marcante da ancestralidade africana”.
Na sua avaliação “é preciso resultados de pesquisa que ajudem a orientar estratégias de prevenção e controle destas doenças altamente prevalentes e devastadoras na população como a hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico, diabetes mellitus, anemia falciforme e doença renal crônica”.
Os pesquisadores devem estar vinculados a instituições de ensino superior e de pesquisa, sediadas na Bahia. A apresentação das propostas deve ser regida pelas instruções especiais, constantes no edital, em consonância com as orientações do Manual do Pesquisador Outorgado da Fapesb, disponível no endereço – http://www.fapesb.ba.gov.br/.
O texto do Edital 026/2009 – Pró-Saúde São Francisco do Conde está disponível, na íntegra, portal www.fapesb.ba.gov.br/apoio/politica-publica/editais_tematicos/gestão-saude/edital_0262009.
A Secretaria Municipal da Saúde vai disponibilizar, no site do município, Relatórios de Gestão 2009, além de uma análise da situação da saúde em São Francisco do Conde, informações que poderão contribuir para subsidiar os pesquisadores interessados em apresentar projetos.
Os pesquisadores também poderão contar com a colaboração dos servidores da secretaria e de outros órgãos da administração municipal para obter os dados e informações necessárias à construção dos projetos.
FONTE AGECOM
]]>Pioneiro do jornalismo cívico no Recôncavo, o site, criado a partir de um software livre, o wordpress, tem como características principais pautar os acontecimentos locais e ouvir,dar a voz e vez às populações das cidades que compõe esse cantinho de terra banhado pela Baía de Todos os Santos, rica em aspectos culturais e diversa em seus expoentes econômicos.
Por Gustavo Medeiros
]]>O programa, chamado de PLUG!, prevê a capacitação de 36 estudantes de graduação para trabalharem como monitores e multiplicadores da cultura do software livre em escolas públicas nos municípios de São Félix e Cachoeira. Numa primeira etapa, os alunos receberão oficinas preparatórias durante quatro meses para desenvolver um trabalho de dois semestres com estudantes do ensino fundamental.
O evento trará ainda uma visão introdutória da cultura do software livre e seu papel estratégico para a sociedade contemporânea.
Anote: quinta-feira, 24 de setembro, das 9h45 às 11h30 no Auditório do CAHL/UFRB, no Quarteirão Leite Alves, em Cachoeira.
FONTE ASCOM UFRB
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