O estudante da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Campus Santo Amaro, Lucas Nascimento (@eumesmalucas), de 29 anos, tem sua exposição denominada “O evangelho segundo Lucas”, instalada no Museu do Recolhimento dos Humildes, em Santo Amaro. A visitação acontece de terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 16h, até o dia 22 de julho, com acesso gratuito.
O artista visual expõe quinze obras, decorrentes de seis processos criativos, materializados em seu trabalho de conclusão de curso (TCC) na Licenciatura Interdisciplinar em Artes, do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT). Entre elas estão: h – Gênesis (2021), a série 7º dia (2022), a pintura em tela Nossa Senhora Oxum (2021), os Instrumentos para encantaria (2019-2022), O batismo (2023) e Imagem & Semelhança (2023).
O TCC defendido ontem, dia 24, tirou nota 10. A banca avaliativa era composta pelos professores Kleber Amancio e a Marilza Oliveira (UFBA). Para Lucas, "foi uma celebração desse processo de construção na graduação. Estou muito feliz com o resultado, a nota, mas o mais importante foi o retorno dos professores, que foram muito generosos em suas considerações e fizeram leituras muito sensíveis do meu trabalho". "Como artista fico feliz quando posso materializar minhas ideias".
Erradicado em Santo Amaro, o artista de Irecê, no sertão baiano, produziu todas as suas obras no período da graduação. Um dos principais objetivos da exposição é tencionar o sagrado com a experiência subjetiva. O artista apresenta a busca por uma compreensão de si e de sua construção identitária como um homem negro em conjunção à dimensão do sagrado em descoberta.
A mostra desse processo artístico-pedagógico articula a formação da identidade do artista por meio de um trabalho interdisciplinar nas visualidades composto por pintura em tela, escultura em barro, fotografia e objetos nomeados como Instrumentos de encantaria. Propondo repensar e refazer a imagem de Deus, do divino e do sagrado por meio da manipulação de imagens sacras católicas e sua interlocução com os sagrados da diáspora africana no Brasil.
Tem o apoio da Galeria de Arte Grão (Espaço para cultivar artistas independentes), Empresas Líder, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia; e Museus da Bahia. O Museu do Recolhimento dos Humildes é administrado pela Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia.