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Evento

Artes e música Kel Tamacheque - com Denise Dias Barros e Mahfouz Ag Adnane

26/10 18:00

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2a feira - 26/10 às 18h 

Ciclo internacional de webinários - Artes africanas: histórias perspectivas e fluxos

Artes e música Kel Tamacheque - com Denise Dias Barros (USP, Casa das Áfricas - Amanar) e Mahfouz Ag Adnane (CECAFRO - PUC-SP, Casa das Áfricas - Amanar).

Mediação: Fernanda Thomaz (UFJF)

Transmissão: Canal do YouTube Áfricas nas Artes

https://www.youtube.com/watch?v=j7mTvlGVR0M

Horizontes da música ichúmar: concertos, festivais e seus trânsitos no/do Saara

No contexto Kel Tamacheque, como em outras sociedades em África, as dimensões performáticas apresentam-se como composições complexas e combinadas, paralelas ou conjugadas, de música, dança, poesia, discurso e poética corporal. Ag Adnane focaliza em um movimento cultural específico, a techúmara, conduzido por gerações de jovens (ichúmar) desde a década de 1980, para compreender os itinerários da música tamacheque em festivais,  no cotidiano e concertos em espaços culturais urbanos a partir dos anos 2000. Sua produção musical é escrita poética e política tamacheque, inicialmente designada de assouf (nostalgia), vinculada ao exílio e insílio. O contexto é o da luta por liberdade e autonomia da sociedade Kel Tamacheque, sobretudo, no Mali, Argélia e Níger, mas alcançando, igualmente, Líbia e Burquina Faso. 

Notas sobre poéticas ecovisuais: inscrições Kel Tamacheque em tempo-espaços saelo-saarianos

No Saara confluem diferentes modalidades de criação que se instituem sobre diferentes suportes (materiais ou simbólicos) em campos relacionais, redes de sentido com configurações expressivas do cotidiano, de marcação de ecosistemas, de territorialidades/temporalidades, de construção constante de identidades e de extraversão e interconectividades. Dias Barros aborda relações entre movimentos, suportes e linguagens em que arte e vida permanecem entrelaçadas como modulações coletivas da história e de práticas culturais. As poéticas visuais, presentes  nas criações das populações Kel Tamacheque do Saara, exigem, como outras realidades em África, uma abordagem teórica que parta de entendimento de espaço-tempo pertinente e de noções que permitam apreender linguagens, formas expressivas, concepções e processos em suas dinâmicas correspondentes a seus sistemas de significação. Para isso, ligados por fios tão invisíveis como profundos, pessoas e grupos, trançam laços complexos e intensos em suas existências, peles e paisagens.

Mahfouz Ag Adnane é doutor e mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/SP, mestre em História da África Contemporânea pela Universidade do Cairo. Concluiu especialização em História Africana Contemporânea no Instituto de Pesquisa e Estudos Africanos da Universidade do Cairo. Graduou-se em história pela Universidade Al-Azhar, Egito, em 2010. Dedica-se aos estudos sobre a história do Saara, principalmente, da sociedade Tamacheque (Tuaregue), tanto no período colonial como após as independências dos países africanos. Suas pesquisas compreende territórios Kel Tamacheque no Mali, Níger, Argélia, Líbia além de diásporas no Marrocos, Arábia Saudita e Egito. É membro e pesquisador da Casa das Áfricas, núcleo Amanar; membro do Centro de Estudos Culturais Africanos e da Diáspora - CECAFRO/PUC-SP.

Denise Dias Barros é docente e orientadora no Programa de pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte - onde se dedica às reflexões sobre História da Arte Africana - e de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo. Foi uma das fundadoras da Casa das Áfricas em 2003, contexto em que atuou ativamente na organização de eventos, cursos, condução de pesquisas e em atividades de extensão universitária no Mali e Brasil em parceria com a USP.  É atualmente integrante do coletivo Casa das Áfricas - Amanar. Realizou pesquisas sobre história das relações entre arte e antropologia, processos de transformações e extraversão, práticas religiosas (ancestralidade e Islã),  percepção e tratamento social da loucura, entrelaçamentos entre vila e cidade e mobilidade como busca de saber com foco no sael e saara, tendo como base os estudos de campo junto à sociedade Dogon, na República do Mali. Desde 2010, tem realizado estudos sobre poéticas e  linguagens expressivas no contemporâneo, notadamente em contextos do oeste e o norte da África com estudos de campo no Mali, Marrocos e Egito, considerando, principalmente, dinâmicas de significação de culturas expressivas em territorialidades dogon, tamacheque e diásporas.

Fernanda Thomaz possui graduação em História pela Universidade Federal Fluminense, mestrado e doutorado em História Social pela mesma universidade. Pesquisa História de Moçambique, com ênfase em tema como colonialismo, justiça, relações raciais e de gênero. É professora de História da África na Universidade Federal de Juiz de Fora, onde coordena o Grupo de pesquisa Afrikas e vice-coordenadora do Laboratório de História oral e Imagem – LABHOI/UJFJ. Atualmente participa do projeto de pesquisa internacional intitulado "Pluralismo Jurídico no Império Português", com sede na Universidade Nova de Lisboa.

Realização: Áfricas nas Artes - UFRB

Evento publicado em: 26/10/2020

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