Ciclo Internacional de Webinários: Artes Afro-brasileiras em Diálogos

02/12 19:00 21:00

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Neste encontro sobre as artes afro-brasileiras em diálogos de fluxos e refluxos, a imagem descrita por Roger Bastide de uma árvore de um terreiro em Salvador - em que as raízes atravessam o Atlântico - pode nos remeter a contos, danças e formas que reverberam de um lado a outro do oceano. Os convidados refletem sobre as influências, recriações e sobrevivências de formas, ritmos e ideias nas produções artísticas de dois grandes artistas: Mestre Didi e Rubem Valentim. Roberto Conduru apresentará reflexões sobre como Mestre Didi lida com  a cultura e arte africana através de sua obra plástica e do terreiro de candomblé. Abigail Lapin nos trará sua pesquisa a partir dos cadernos de Rubem Valentim e seu interesse em esculturas africanas de coleções europeias como o Museu Britânico. Algumas questões que guiam estas conversas: que compreensões e interpretações de África(s) emergem nessas interlocuções e contatos? Como pensar o diálogo da arte afro-brasileira com ancestralidades africanas sem cair numa dimensão essencialista?    

Abigail Lapin Dardashti é professora assistente na San Francisco State University (EUA). Ela é doutora em história da arte pelo Graduate Center, City University of New York. Sua pesquisa  examina a arte moderna e contemporânea latino-americana, Latinx, e da diáspora africana com foco em intercâmbios, migração, identidades raciais e ativismo. Ela recebeu financiamento do Conselho de Pesquisa em Ciências Sociais, do Programa Fulbright, do Centro de Estudos Avançados em Artes Visuais da Galeria Nacional de Arte, da Fundação Mellon e do Instituto Smithsonian. Foi curadora de exposições em BRIC (Brooklyn, NY) e Taller Puertorriqueño (Filadélfia),  atuou como curatorial fellow no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, no Studio Museum no Harlem, e no Museu de Arte Moderna em Santo Domingo.Possui publicações em em revistas, catálogos de exposições, livros, e volumes editados no Brasil, na República Dominicana, na França e nos Estados Unidos.

Roberto Conduru é  historiador da arte e professor na Southern Methodist University (EUA).  Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense, foi professor da UERJ. Foi pesquisador convidado da Getty Research Institute (2012) e presidente do Comitê Brasileiro de História da Arte (2007-2010). Dentre suas diversas publicações destacam-se: Architecture Agouda au Bénin et au Togo (MRE, 2016); Carl Einstein e a arte da África (EdUERJ, 2015, Pérolas Negras - Primeiros Fios (EdUERJ, 2013) e Arte Afro-Brasileira (C/Arte, 2007). Foi curador de diversas exposições como:  Axé Bahia – The Power of Art in an Afro-Brazilian Metropolis (Fowler Museum UCLA - Los Angeles), Negros indícios - performance, vídeo e fotografia (Caixa Cultural, São Paulo, 2017), Incorporations – Afro-Brazilian Contemporary Art, Centrale Electrique, (Bruxelas, 2011), entre outras. 

Ayrson Heráclito é um Ogã Sojatin, professor da UFRB na cidade de Cachoeira/BA, artista visual e curador. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC São Paulo, mestre em Artes Visuais pela UFBA. Suas obras de instalações, performances, fotografias e audiovisuais, lidam com elementos da cultura afro-brasileira e suas conexões entre a África e a sua diáspora na América. Participou da Trienal de Luanda em Angola, 2010, Bienal de fotografia de Bamako no Mali, 2015 e em 2017 da 57 Bienal de Veneza na Itália. Possui obras em acervos do Musem der Weltkulturen em Frankfurt, Museu de Arte do Rio, MAR, Museu de Arte Moderna da Bahia, Videobrasil e Coleção Itaú. Foi um dos curadores-chefe da 3ª Bienal da Bahia, curador convidado do núcleo “Rotas e Transes: Áfricas, Jamaica e Bahia” no projeto Histórias Afro-Atlânticas no MASP e recebeu o prêmio de Residência Artística em Dakar do Sesc_Videobrasil e a Raw Material Company, Senegal.

Evento publicado em: 30/11/2020