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"Atujuwa: objetos perigosos em coleções de museus. Ou do museu como zona de contato cosmopolítico"

Publicado: Segunda, 28 Julho 2014 09:42

Em três diferentes ocasiões, julho de 1997, julho de 2000 e março de 2005, os índios Wauja do Alto Xingu, Mato Grosso, produziram rituais de máscaras de atujuwa, as quais foram vendidas para um colecionador desconhecido (1997) e para o Museu Nacional de Etnologia de Portugal (2000) e o Museu do quai Branly de Paris (2005).  A máscara atujuwa permite dar corpo a uma série de espíritos xâmanico-patogênicos do cosmos wauja. Considerado o mais perigoso de todos os corpos-máscaras (apapaatai onai) devido ao seu imenso poder letal, os Wauja realizam o ritual de atujuwa com muitíssima cautela e apenas quando os altos custos do ritual podem ser corretamente cobertos. Com a possibilidade de venda das máscaras para colecionadores e museus, atujuwa foi inserido em uma nova zona de contato cosmopolítico, no qual o controle da natureza patogênica das máscaras passa a ser de reponsabilidade dos sujeitos que as adquiriram. Esse paper aborda os sentidos simbólicos e os potencias curatoriais que emergem desses contatos, em especial em relação aos possíveis modos de visualização do perspectivismo e multinaturalismo ameríndio.

DIA: 19 de agosto de 2014, às 10h

LOCAL: Auditório do Hansen (prédio das pós-graduações), em Cachoeira

 

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