TV Digital, rádio e novas mídias são destaque na última mesa redonda do III Ebecult
A TV Digital foi discutida nesta sexta-feira (20) na última mesa redonda do II EBECULT, pelo professor José Valentim Filho (UFRB). Ele deixou claro que a TV Digital não é TV e nem computador, e sim uma nova mídia. O que a diferencia da analógica é o fato de reunir toda a forma de interatividade no controle remoto e permitir a implantação de aplicativos. Para o professor, a TV interativa (aberta) pretende revolucionar a forma de ver TV.
Diego Casaes falou de sua experiência em trabalhar no Global Voices e o papel das novas tecnologias nesse processo das comunicações. O Global Voices aborda assuntos de várias partes do mundo, escritas por cidadão que não são jornalistas, as quais utilizam redes sociais como o Facebook, o Twitter para levar o máximo de informação, com imparcialidade para o resto do mundo.
O presidente da ARPUB e assessor da EBC, Mário Sartorello, focou a comunicação pública e diversidade cultural, para isso citou o potencial que o rádio tem de chegar em vários lugares, mas é preciso democratizar a comunicação para que todas as pessoas se comuniquem e se expressem a partir disso, pode se consolidar outras reformas no Brasil. Sartorello abordou também sobre a importância do Marco Regulatório das rádios no Brasil, pois as rádios são ausentes de pluralidade, têm esvaziamento da dimensão pública dos meios de comunicação e uma legislação composta por várias leis que não dialogam entre si.
Jornalismo
“Nós somos, por essência, profissionais de um ofício solidário”, explicou o jornalista Leandro Fortes, da Revista Carta Capital que enfatizou a importância do trabalho do jornalista na sociedade brasileira. “Jovens estudantes de jornalismo devem ter responsabilidade com a profissão”, afirmou Leandro. Para ele o jornalismo no Brasil se tornou marginal e perdeu credibilidade. De acordo com Leandro, é preciso repensar o jornalismo, pois existe uma relação preconceituosa da chamada grande mídia com relação os movimentos sociais. “É preciso que a nova geração de jornalistas reencontrem o caminho”, disse ele. Com relação ao jornalismo regional, Leandro Fortes afirmou que esse tipo de jornalismo sofre grande influência de políticos e, por isso, é considerado como amador. Para ele, a internet tem a capacidade de acabar com esse poder de influência dos políticos.
“Eu acho ótimo que as pessoas possam pensar num jornalismo diferente desses que a gente vê por aí, e é muito bom os jornalistas democratizarem as informações para as pessoas”, afirmou Andréia Torquato, professora de Educação Infantil da UFBA e ouvinte do evento.
Texto de Leomir Santana (7º semestre) e Valdelice Santos (7º semestre)
Edição: Hérica Lene