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O laboratório de Estúdio e Som contempla disciplinas e produções de rádio do curso de Jornalismo da UFRB

O laboratório de estúdio e som contempla disciplinas e produções de audiovisual do curso de Jornalismo da UFRB e é utilizado pelos estudantes de Jornalismo desde 2009. Segundo a docente Rachel Neuberger, apenas a primeira turma teve que se deslocar a Salvador para ter as aulas de rádio com o Prof. Dr. Maurício Tavares, da UFBA. Mas esta turma inicial acabou fazendo uma disciplina optativa com Rachel e, para tanto, a UFRB contratou os estúdios da Rádio Paraguassu FM em Cachoeira. Depois disso, já havia o espaço dentro do CAHL, com supervisão de Saulo Leal, diretor de som, e Augusto Júnior, técnico de áudio.

"É relevante a utilização dos laboratórios como espaços vitais para cursos que preparam os estudantes para a prática profissional. Nestes espaços, toda a discussão teórica é vivenciada e corporifica uma importante e coletiva produção empírica integrada", afirmou Rachel. Ocorrem gravações de trabalhos disciplinares de radiojornalismo, como também de projetos de extensão que envolvem música e radionovelas. Além disso, os técnicos trabalham também com a finalização de áudio estéreo para cinema e recentemente foram viabilizados os trabalhos de áudio do curso de Publicidade e Propaganda.

O diretor de som, Saulo Leal, explicou que “o estúdio de som ocupa um espaço improvisado a partir de uma sala de aula, não foi feito qualquer tipo de projeto ou planejamento profissional que previa tratamento e isolamento acústico”, e segundo ele, isso dificulta o trabalho de gravação e mixagem, diante da ausência da resposta de frequência exata ou adequada do que foi gravado.

Saulo aponta a utilização de “espumas acústicas do tipo perfiladas de poliuretano, inflamáveis e tóxicas (mesmas da boate Kiss de Santa Catarina) como tratamento acústico da sala, e coladas com cola fórmica, não adequadas para estúdios de som”. Isso evidencia os riscos e limitações no trabalho a ser realizado. “Certamente, nosso laboratório de rádio não tem a estrutura física que, de fato, precisaríamos, já que foram estruturados para servirem provisoriamente aos cursos de Jornalismo e Cinema. Entretanto, temos excelentes computadores e mesas de som, além de profissionais muito bem capacitados para o trabalho que desenvolvem”, ressaltou Rachel Neuberger. Saulo aponta que a mudança das espumas de isolamento acústico dos estúdios e aquisição de cabos e HDs para manter a memória das produções são prioritárias. Mas a professora Rachel diz que é importante ressaltar que são espaços de aprendizagem e não empresas de rádio, TV, etc., portanto, significa que não há a exigência ter a mesma estrutura de tais empresas.

Os móveis são estilos de escritórios, improvisados para atender ao laboratório. Não há móveis específicos para os equipamentos utilizados. Estes são microfones condensadores das marcas neumann e AKG dos modelos U87, Tlm 103, C4000, C1000, C418, C414, C430, microfones dinâmicos senheiser Md421, Shure Sm58Beta A, Shure Sm7B, AKG D112. Fones AKG K271 e K141, pré ampificadores Avalon 737 sp, Focusrite octopre, SSL 4ChXlogic VHD, compressores e equalizadores DBX, interface avid e tc eletronic, monitores genelecs, placa de processamento UAD, mesas de som yamaha 01V, computadores MacPro Quadcore, controladores Axiom 61, dentre outros em quantidade referente à demanda de duas salas de gravação.

A equipe de supervisão do laboratório montou uma estrutura técnica que contemplou uma série de equipamentos de ponta e de alta qualidade. Aliado a isso, existem profissionais que sabem manusear corretamente esses equipamentos no dia a dia, com isso, o ‘parque’ de equipamentos demonstra bom cuidado e boa funcionalidade. Entretanto, a Universidade ainda não dispõe de um programa de manutenção de equipamentos específicos, como os do laboratório, ou seja, se quebram, vão continuar quebrados até que isso seja resolvido. Saulo ratifica que “sabendo dessas dificuldades, somos muito cautelosos e cuidadosos com o uso dos equipamentos para que eles se mantenham funcionais e bem cuidados”.

O Estúdio de Som tem finalidade acadêmica, é utilizado pelas disciplinas de caráter audiovisual do Centro mediante agendamento prévio, com pelo menos 24 horas de antecedência, ou feito através do planejamento acadêmico semestral. A realização de atividades no estúdio para extensão é viabilizada através de uma ordem de serviço assinada pelo professor responsável pelo projeto de extensão. Enquanto que para as atividades externas, é necessário um projeto preparado pelo interessado e autorizado pela direção ou professor vinculado ao projeto, e que vai depender da disponibilidade de agenda do estúdio de som. A prioridade de reserva e utilização dos equipamentos e laboratório será sempre disciplinar e acadêmica.

É válido ressaltar que não é permitida entrada com comida, bebidas (exceto água), drogas de qualquer natureza (exceto fármacos) no estúdio de som. E logicamente, é estritamente proibido qualquer coisa que produza fumaça ou fogo dentro do espaço para que a segurança seja mantida. Inclusive, a presença de docentes nos laboratórios em acompanhamento das atividades são previstas em alguns momentos, mas não em todos. Afinal, ressalta Rachel Neuberger, “os estudantes não estão nestes espaços para reproduzir o que o docente tem como “padrão”.

O espaço laboratorial é, primordialmente, um locus de ousadia, de quebra de paradigmas e, para isto, é crucial garantir certa autonomia dos estudantes. De toda sorte, o mais importante nesse processo de integração do ensino-aprendizagem e da aproximação com a prática profissional é zelar pelo patrimônio público (espaços e equipamentos) e respeitar os profissionais que disseminam uma cultura cidadã de responsabilidade social dentro da instituição.

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