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Bahia vai exportar charutos para a China

20/04/11 11:12 , 13/01/16 15:44 | 1297

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15/04/2011 - Midia News

Uma delegação composta por empresários e representantes do governo da República Popular da China virá à Bahia, de 8 a 15 de maio, com uma missão de grande importância para o recôncavo baiano: confirmar que o estado é livre de Mofo Azul, praga que afeta a cultura do fumo, e autorizar a exportação de charutos para a China.  Este é um dos resultados da Missão Baiana à Ásia, coordenada pelo secretário estadual da Agricultura do Estado, engenheiro agrônomo, Eduardo Salles, que retorna a Salvador na madrugada deste sábado (16) à Salvador, trazendo muitas novidades. Essa conquista foi anunciada ontem (14), durante reunião da Câmara Setorial do Charuto, em solenidade aberta pelo superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Raimundo Sampaio, no Hotel Catussaba, em Salvador.

A reabilitação da cultura do fumo no Recôncavo baiano, recuperando milhares de empregos perdidos com a desativação de diversas fábricas de charuto da região, é o objetivo do movimento integrado pelo Ministério da Agricultura, Secretaria da Agricultura da Bahia, prefeituras municipais do recôncavo, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Embrapa- Cruz das Almas, e produtores. No final de janeiro deste ano, Eduardo Salles, o secretário executivo e o diretor de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura, respectivamente Francisco Jardim e Cosam Coutinho, estiveram na China em missão de trabalho e entregaram ao vice-ministro da Agricultura da China, Wei Chuanzhong, os documentos comprobatórios de que a Bahia é Estado livre do Mofo Azul.  “Nosso objetivo como Estado é a recuperação econômica e social do recôncavo, que vive da cultura do fumo. São 12 mil pequenos produtores e milhares de empregos”, explicou o secretário.

Atualmente, a produção é de é cinco milhões de charutos/ano, concentrada em oito municípios recôncavo (Cruz das Almas, Muritiba, São Félix, Cachoeira, Paraguaçu, Conceição do Almeida, Simões Filho e Salvador). A expectativa é de que, com a liberação para a exportação para a China, a produção aumente inicialmente em 100%, fortalecendo a cultura do fumo para charutos, criando empregos e recuperando a economia de toda região. A cultura do fumo emprega atualmente 12 mil pessoas, entre produtores, a agricultores familiares. Nas fábricas de charuto, a mão de obra é feminina em sua maioria. No auge da produção, nas décadas de 60 a 80, a produção baiana chegava a 200 milhões de charutos/ano.

Representando o secretário Eduardo Salles, o superintendente Raimundo Sampaio, participou, hoje no Hotel Catussaba, das reuniões da Câmara Setorial do Tabaco, do Ministério da Agricultura, e da Câmara Setorial do Charuto, criada pela Seagri, e destacou a importância do projeto Rota do Charuto, uma ação de agroturismo destinada a atrair visitantes para a região do recôncavo, tendo como destaque a produção dos charutos de qualidade internacional. “A qualidade do charuto produzido na Bahia pode ser comparada ao dos cubanos”, garantiu ele. 

Segundo Ricardo Becker, presidente do Sindicato da Indústria do Tabaco do Estado da Bahia (Sinditabaco), “o charuto não vicia, não é tragado e não possui produto químico em sua formulação. Mesmo assim, sofre preconceitos e sanções tributárias. Não podemos fazer propaganda e ainda precisamos pagar IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Para ele, a grande saída, sem dúvida, é a exportação”.

A Bahia hoje exporta 97% de sua produção de folhas de fumo, principalmente para países da Europa, como Holanda e Alemanha. No ano passado, de acordo com o IBGE, o estado produziu 6.147 toneladas de folhas de fumo, em uma área de 5.879 hectares, ocupando a 5ª posição no ranking do país, atrás de Alagoas, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O tabaco é a mais importante cultura agrícola não-alimentícia do planeta, e contribui substancialmente para as economias de mais de 150 países. O Brasil, além de ser o segundo maior produtor de tabaco do mundo, é o líder na exportação mundial do produto há 15 anos. Em média, 85% do fumo produzido no Brasil é destinado à exportação.

Bahia é Estado livre do Mofo Azul

A Bahia é a primeira unidade da federação a ser caracterizada como livre do Mofo Azul, praga que afeta a cultura do fumo. A Secretaria da Agricultura, através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, Adab, desenvolveu, durante todo o ano passado, um intenso trabalho em campo com a delimitação de procedimentos para caracterizá-lo como área livre da praga em mais de 20 municípios produtores, totalizando 1.736 hectares plantados.

Atendendo às exigências do Ministério da Agricultura (Mapa), foram coletadas amostras em 10% das 2.326 propriedades produtoras de tabaco, e o material foi enviado a laboratórios no Rio Grande do Sul. Com o resultado negativo para a presença do fungo Peronospora Tabacina, a Adab encaminhou a proposta de caracterização de área livre do Mofo Azul ao Mapa, que emitiu parecer favorável.

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