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CAHL debate cultura, movimentos sociais e resistência

23/11/11 16:51 , 13/01/16 15:47 | 1822

O Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia em Cachoeira, traz para a programação do V Fórum Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social o debate sobre “Cultura, Movimentos Sociais e Resistência”. No Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, uma caminhada cultural e a Marcha pelo Respeito Religioso, que seguiram pelas ruas da cidade, marcaram o início do evento.

A abertura oficial aconteceu na segunda-feira, dia 21, com a presença do diretor do CAHL, Xavier Vatin; do pró-reitor de Assuntos Estudantis e Políticas Afirmativas, Ronaldo Barros; do coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros-Recôncavo, Antonio Liberac, e da presidente do Fórum Consciência Negra 2011, Márcia Clementes. As atividades seguem até sexta-feira, dia 25, com uma programação de mesas redondas, conferências e eventos culturais. Entre os nomes homenageados nesta edição, estão João Cândido Felisberto, que ficou conhecido como o Almirante Negro líder da Revolta da Chibata, e João Pequeno da Pastinha, grande mestre de Capoeira Angola.

“Precisamos trazer à luz esses heróis e heroínas negros, contar a história sob nosso ponto de vista”, disse Hamilton Borges, do Quilombo Xis Ação Cultural Comunitária, que participou nesta quarta-feira, 23, da mesa de debate “Movimentos Negros no Brasil Contemporâneo”. Para Borges, o movimento negro foi o movimento de pressão que mais incomodou e transformou a sociedade nos últimos anos. “Conseguimos pressionar os meios de comunicação, os livros didáticos, o judiciário”, citou, ressaltando que ainda há muito que fazer para combater a maior contradição da sociedade: o racismo. “Essa que é a agenda do movimento negro. Uma luta dura, pesada. E quando estamos lutando por nós próprios, estamos lutando por toda a sociedade”, disse.

O professor do CAHL, Cláudio Nascimento, defende que é preciso construir essa luta no âmbito das políticas públicas e também das políticas institucionais. “Muitas vezes, até existe a política pública, mas ela não é instituída”, disse, fazendo alusão à Lei 10.639, que inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira. “Por enquanto, temos uma escola única que ensina a história do negro apenas pela visão da escravidão. Precisamos fazer entender que o negro desenvolveu civilizações importantes, aprimorou tecnologias, entre outras contribuições”, destacou. Nascimento lançou na noite da terça-feira, dia 22, o livro Currículo e Formação - Diversidade e Educação das Relações Étnico-Raciais.

Veja as fotos do V Fórum em Cachoeira:
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