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Que desenvolvimento queremos?

Postado em 13 agosto 2011 por Coordenador

No Nordeste, as referências de desenvolvimento apontam para o Sul,
Sudeste. Somos induzidos a pensar que o desenvolvimento está ligado a
eventos como à chegada de novas empresas que vêm aqui se instalar, a
vinda de capitais de fora que para cá se dirigem atraídos por diversos
fatores (recursos naturais, posição geográfica, oferta de mão de obra
barata, incentivos fiscais, frouxidão na aplicação da legislação
ambiental) ou ainda pela realização de grandes investimentos públicos
em obras ou instalações.

Atualmente, o termo desenvolvimento é usado como um sinônimo para
crescimento Mas afinal o que é crescimento? O que é desenvolvimento?

Crescimento e desenvolvimento não é a mesma coisa. Crescer significa
“aumentar naturalmente em tamanho pela adição de material através de
assimilação ou acréscimo”. Desenvolver-se significa “expandir ou
realizar os potenciais de; trazer gradualmente a um estado mais
completo, maior ou “melhor”. Quando algo cresce fica maior. Quando
algo se desenvolve torna-se diferente.

O objetivo prioritário da economia dominante é o crescimento
econômico, cujo critério de avaliação da medida do crescimento de um
país é o PIB (Produto Interno Bruto). Quanto mais produzir, quanto
mais vender, melhor é o país, melhor está sua economia. Crescimento
tornou-se sinônimo de aumento da riqueza. Dizem que precisamos ter
crescimento para sermos ricos o bastante para diminuirmos a pobreza.
Mas o crescimento não é suficiente. Nos Estados Unidos há evidência de
que o crescimento atual os torna mais pobres, aumentando os custos
mais rapidamente do que aumentando os benefícios.

Não devamos nos iludir na crença de que o crescimento é ainda possível
se apenas o rotularmos de “sustentável” ou o colorirmos de “verde”.
Apenas retardaremos a transição inevitável e a tornaremos mais
dolorosa. Crescimento, para que constitua base de um desenvolvimento
sustentável, tem de ser socialmente regulado, com o controle da
população e com a redistribuição da riqueza.

Já o conceito de desenvolvimento sustentável propõe uma maior
igualdade com justiça social e econômica, e com preservação ambiental.
Espera-se que a progressiva busca da igualdade force a ruptura do
atual padrão de consumo e produção capitalista, visto que a
perpetuação deste modelo contemporâneo não é sustentável. Pois, se
caso o padrão de consumo dos países ricos fosse difundido para toda a
humanidade, seria materialmente insustentável e impossível. Este
padrão de consumo para existir, alcançado e propagandeado pela
economia capitalista contemporânea, requer a exclusão e a profunda
desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres.

O progresso desejado não é fazer obras em detrimento de comunidades e
ecossistemas. Há que mudar o paradigma do lucro para a qualidade de
vida da população. Enquanto isso não ocorrer, nossas cidades
continuarão a serem entupidas de carros, pois a indústria automotora
paga substancial tributo ao governo, sem que seja oferecido à
população transporte coletivo de qualidade.

Pernambuco é um exemplo de que estamos caminhando na contra mão de
oferecer melhor qualidade de vida ao seu povo. A opção adotada pelo
atual governo, o chamado “crescimento predatório”, utiliza argumentos
do século passado de que o “novo ciclo de desenvolvimento (?)” é a
“redenção econômica do Estado (?)” exigindo assim “sacrifício
ambiental”.

A mais nova investida contra a natureza é a implantação do Estaleiro
Construcap S.A. Para a implantação desta planta naval, que ira ocupar
40 ha, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) concedeu a licença
de instalação autorizando a supressão de 28 ha de mangue (berçário
natural de centenas de espécies) na ilha de Tatuoca.  Sendo que as
atividades típicas desse tipo de empreendimento poluem em todas suas
formas, e a mão de obra necessária não é na sua grande maioria,
oriunda da comunidade, e seu entorno, com vêm falando os interessados
e o governador.

Em meio a posições conservadoras e atrasadas frente os desafios
atuais, os atuais dirigentes e gestores públicos do Estado, buscam
justificar o crescimento a qualquer custo, se utilizando do
oportunismo político e uma má fé inquestionável. O discurso do
desenvolvimento econômico nada mais é do que a negação dos direitos
fundamentais da pessoa, do meio ambiente e da natureza. Contra esta
visão devemos sim estar alertas, principalmente para aqueles que se
auto denominam de “novo”, e que dizem que estão trilhando “novos
caminhos”. Na verdade são meros representantes do antigo, do arcaico,
do conservadorismo; e ao mesmo tempo em que desrespeitam a natureza e
o meio ambiente, desmerecem a própria vida.

Logo, a estratégia escolhida ao buscarmos o desenvolvimento mais
humano, precisa responder às necessidades sociais de alimentação,
habitação, vestuário, trabalho, saúde, educação, transporte, cultura,
lazer, segurança. Não basta fazer coleta seletiva de lixo, evitar o
desperdício de água, substituir os carros a gasolina por carros
elétricos. Na verdade, o que é preciso mudar, para interromper a
destruição, é o tipo de desenvolvimento. Também o que não se pode
perder de vista são os limites da natureza e a nossa responsabilidade
em preservá-la para as gerações futuras.

Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco
____________________
Heitor Scalambrini Costa é professor associado da Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE), graduado em Física pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP/SP), Mestrado em Ciências e Tecnologias Nucleares na
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Doutorado em Energética,
na Universidade de Marselha/Comissariado de Energia Atômica
(CEA)-França.  E-mail: hscosta@ufpe.br

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Cidades não conseguem responder às demandas da comunidade universitária‏

Postado em 11 agosto 2011 por Gustavo Medeiros

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Cachoeira entre os principais roteiros turísticos do Brasil

Postado em 01 agosto 2011 por Patrícia Neves

Vista parcial de Cachoeira

Vista parcial de Cachoeira

Conhecida por sua importância histórica, Cachoeira concentra um dos maiores e mais importantes acervos de arquitetura barroca do Brasil, com seus casarões imperiais, ricos em cores e detalhes. A cidade tem o turismo como principal cartão de visita para aqueles que buscam beleza atrelada ao conhecimento e já faz parte dos roteiros e guias turísticos do Brasil.

Quem passa por Cachoeira não pode deixar de conhecer pontos relevantes da cidade, como a Praça da Aclamação. Lá está localizada a Casa de Câmara e Cadeia, que foi sede do Governo da Província da Bahia por dois períodos, ainda na época do Brasil colônia. Seus arcos e paredes chegam a medir quase um metro e meio de espessura e atualmente abriga a Câmara de Vereadores.

A praça ainda comporta um antigo canhão utilizado contra o exército português na guerra de independência da Bahia, além do Conjunto do Carmo e o Casarão nº04, apontado por muitos como a mais imponente construção da cidade.

Para a professora Ilmajane Amorim, a Praça da Aclamação propõe ao seu observador um contato direto com a história. “Além de olhar para os quatro cantos e achar tudo muito belo, você se depara não só com a história de Cachoeira, mas também com a do Brasil”, afirma. Outro local apontado por ela é o Largo D’Ajuda. A pequena praça permite uma visão privilegiada de parte da cidade e foi o ponto de início para a construção da então vila da Cachoeira. Além da Capela D’Ajuda, encontra-se neste largo a casa da Irmandade da Boa Morte e o primeiro prédio construído na cidade. “O local é poético, romântico e muito bonito”, completa Ilmajane. Esta mesma opinião é compartilhada pela também professora Idanis Santos, que considera a Irmandade da Boa Morte um lugar essencial para o turista conhecer.

Outras grandes construções que se destacam na pequena cidade do Recôncavo Baiano são as igrejas. Espalhadas pela cidade, a altura de suas torres e a riqueza de detalhes encantam turistas e a comunidade local. Igrejas como a do Rosário, do Carmo, Conceição e a Ordem Terceira do Carmo, esta última com parte de seu interior banhada a ouro, são as mais procuradas.

A ponte D. Pedro II é outro cartão postal da cidade. Construída em 1865 para ligar Cachoeira a São Félix, ela mede 365 metros de comprimento e 9 metros de largura, sua estrutura é toda de ferro importado, com lastros e dormentes de madeira. Para o aposentado José Carlos de Almeida, a ponte D. Pedro II é o principal ponto turístico da cidade. “Ela merece destaque por sua beleza e por seu conteúdo histórico”, disse.

Cachoeira é, sem dúvida, uma cidade singular para a Bahia e a cada ano vem ganhando mais visibilidade nos roteiros turísticos do Brasil. Inconfundível por seus monumentos também chama a atenção pela cultura local e o carisma de seu povo.

Ted Sampaio e Astrude Modesto

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Mudança climática, política energética e fontes renováveis

Postado em 05 outubro 2010 por Coordenador

Cada vez mais a sociedade mundial toma consciência dos impactos que vem ocorrendo com as mudanças climáticas devido ao aumento das emissões de dióxido de carbono e de outros gases, principalmente pelo uso dos combustíveis fósseis: petróleo, carvão mineral e gás natural. A
concentração de CO2 já está em 389 ppm (partes por milhão), com um aumento médio de 2 ppm por ano, ou seja, já estamos quase em 400 ppm, apontado como nível temerário em artigo publicado pela Revista Science em 2008.

Existe uma corrente minoritária que ainda defende a tese de que o aquecimento global é fruto de um periódico aquecimento de nosso planeta
resultante de influências externas como o ciclo solar, alterações na posição da órbita terrestre e, em conseqüência, da distância da terra em
relação ao Sol e de impactos de meteoritos. Recentemente mudou de lado, a maior expressão daqueles que não aceitavam a existência da participação humana no aquecimento global, e que desprezavam as recomendações do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), o professor dinamarquês Bjorn Lomborg, autor do livro “O Ambientalista Cético”.

Vários países, em particular o maior emissor de CO2 do mundo, os Estados Unidos, tem implantado em alguns estados, regras rígidas para aumentar a fatia de energias renováveis e alternativas para a produção de eletricidade no país, além de ampliar os programas de conservação e
eficientização na produção e no consumo de energia.

Na Austrália, maior exportador mundial de carvão mineral, o ministro de Mudanças Climáticas, anunciou recentemente três prioridades para a sua pasta: energias renováveis, eficiência energética e a introdução de um preço sobre as emissões de dióxido de carbono. Na Europa, cada vez mais se tem expandido a oferta de eletricidade com o estímulo e apoio a energia eólica e solar (térmica e fotovoltaica).

Em 2020, a China espera aumentar 15% a sua dependência de energia solar e eólica. Em resposta a este objetivo, no ano passado, o governo chinês lançou uma campanha para apoiar estas tecnologias. O futuro das alterações climáticas assenta, em grande medida, na capacidade da China para liderar o mundo para as energias renováveis.

Não há solução rápida ou simples para a mudança climática. Seus desafios exigem uma variedade de estratégias e ações nos níveis local, regional e mundial. A redução substantiva das emissões de gases de efeito estufa é a prioridade imediata, ou seja, a redução no consumo dos combustíveis
fósseis. Felizmente, ferramentas para alcançar isto já estão disponíveis àqueles que fazem as políticas, ao setor privado e ao público. Verifica-se
que vários países estão fazendo o seu papel no combate as mudanças climáticas obtendo uma melhoria da competitividade das energias renovável
em relação às fósseis, e dada ênfase para a conservação e a eficiência energética.

Lamentavelmente em nosso país (ranqueado entre os 5 maiores emissores mundiais de CO2) o planejamento energético governamental até 2030 aponta na contramão do combate às mudanças climáticas, prevendo a construção de mega-hidrelétricas na região norte, a construção de novas usinas nucleares, e a expansão de termelétricas movidas com combustíveis fósseis.

O aumento da participação na matriz energética das fontes renováveis como a energia eólica, a energia solar (térmica e fotovoltaica), as
termelétricas a biomassa, e a energia dos oceanos, é relegado a mero exercício de retórica. Sem falar nos programas de conservação e
eficientização energética que não recebem o apoio necessário, e, portanto, apresentam resultados pífios.

A expansão da oferta de energia é dirigida principalmente para um segmento do setor industrial (que consome 40% de toda energia consumida no país), as indústrias eletro-intensivas de cimento, ferro-gusa e aço, ferro-ligas, não-ferrosos e outros da metalurgia, química, papel e celulose. Trata-se de setores produtivos que se caracterizam por consumir uma quantidade muito grande de energia elétrica por unidade de produção, e que tem sido mais beneficiado, principalmente pelo baixo preço da energia.

Os interesses em jogo estão relacionados à questão econômica, aos interesses bastardos de grupos sociais que pretendem manter seus
privilégios num mundo que já está vivendo seu limite de crescimento. Sem nenhuma dúvida podemos afirmar que a falta de decisão política tem freado o desenvolvimento e a implantação significativa das fontes energéticas renováveis em nosso país, particularmente da energia solar e eólica.

Ao rechaçar a atual política energética devemos construir uma nova política que resgate o interesse público, e que acabe com a falta de
transparência, democratizando as decisões sobre as escolhas das opções energéticas para o país.

Heitor Scalambrini Costa
Professor associado da Universidade Federal de Pernambuco

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Plantação de árvores, lançamento de projeto e obras marcam Dia do Meio Ambiente

Postado em 02 junho 2010 por Gustavo Medeiros

A Prefeitura Municipal de Cruz das Almas programou uma série de eventos para celebrar a passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado todos os anos no dia 05 de junho.

Na segunda-feira (07/06), a partir das 09h, na frente da Mata de Cazuzinha, a Prefeitura inicia a primeira etapa das obras de construção do Parque Florestal de Cazuzinha. A Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA) vai cercar o local com muro e grades, além de construir um portal na entrada do espaço.

Ainda na segunda-feira, na frente da Mata de Cazuzinha, a Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (SEPLAN) lança o Programa Ambiental na Administração Pública.

A idéia do projeto é conscientizar os servidores municipais sobre a importância de sustentabilidade ambiental. Ações como a distribuição de copos permanentes para não utilizar os descartáveis, substituição de papel comum por reciclado e implantação da coleta seletiva em todas as secretarias municipais.

Na terça-feira (08/06), no Aterro Sanitário, as secretarias de Serviços Públicos e Agricultura e Meio Ambiente (SEAGRI) realizam a plantação de 1000 mudas para beneficiar os moradores próximos ao local.

FONTE ASCOM-Prefeitura de Cruz das Almas

 

 

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Técnicos do Suriname recebem treinamento sobre mandioca no Recôncavo

Postado em 03 maio 2010 por Gustavo Medeiros

Seis técnicos do Centro de Pesquisa em Agricultura do Suriname (Celos) chegam esta segunda-feira (03/05) a Cruz das Almas , onde vão aprender sobre a produção e o processamento da mandioca até o dia 14 de maio, na Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. No próximo dia 10, o grupo visita comunidades rurais nos municípios de Santo Antônio de Jesus e São Miguel das Matas para conhecer os usos múltiplos da fécula da mandioca.

O curso tem três assuntos principais, como Recursos genéticos e melhoramento, Práticas de cultivo de mandioca e Processamento, que serão abordados por pesquisadores e analistas da Embrapa. Com uma população de cerca de 445 mil habitantes, o Suriname localiza-se no nordeste da América do Sul, limitando-se ao com o Brasil, Guiana e  a Guiana Francesa Na agricultura, destaca-se pela produção de arroz, banana e banana-da-terra.

Uma extensa parte prática está prevista, com excursões técnicas a áreas de produtores da Bahia e Sergipe. Na zona rural de Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, São Miguel das Matas e Vitória da Conquista, os técnicos veem de perto o processamento da farinha e derivados de mandioca. Em Presidente Tancredo Neves, os visitantes conhecem o Campo Demonstrativo de Tecnologias para o Cultivo da Mandioca, o maior espaço com tecnologias geradas para mandioca em todo o Brasil, onde o agricultor tem acesso às técnicas criadas pela Embrapa. Em Sergipe, o grupo visita uma propriedade que utiliza a manipueira na alimentação de animais em São Domingos, uma cooperativa de produtores de empacotamento de farinha, em Campo do Brito, e uma fábrica de equipamentos para casa de farinha em Lagarto.

A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical é responsável por dois projetos de agricultura do Acordo Básico de Cooperação Científica e Técnica, firmado entre Brasil e Suriname e viabilizado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores. “A primeira fase da parceria aconteceu em novembro do ano passado, quando os pesquisadores Joselito da Silva Motta e Antonio Souza do Nascimento estiveram em missão técnica ao País”, explica Alberto Vilarinhos, chefe adjunto de comunicação e negócios.

O projeto “Apoio ao desenvolvimento do cultivo e produção da mandioca no Suriname” tem como objetivos o aprimoramento e a diversificação da cadeia produtiva por meio de suporte técnico à caracterização, avaliação e multiplicação de material genético, bem como a qualificação de recursos humanos. O projeto “Manejo integrado da mosca-da-fruta no Suriname” deve focar as áreas de produção comercial de frutas, incluindo as duas ou três espécies de moscas-das-frutas de importância econômica existentes no País, além da mosca da carambola.

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População de Acupe ajuda no povoamento de manguezais

Postado em 16 março 2010 por Gustavo Medeiros

Alunos de escolas públicas, pescadores e marisqueiras do distrito de Acupe em Santo Amaro entraram nos manguezais para ajudar os técnicos da Bahia Pesca a colocar nas águas mais de um milhão de filhotes de caranguejo para repovoamento da fauna.

A Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), realizou,na sexta-feira (12/03), o primeiro repovoamento de manguezais em 2010, o quarto em todo o estado desde que o programa foi implantado, em 2008, e o segundo em Acupe.

Os filhotes de caranguejos foram levados da Fazenda Oruabo, mantida pela Bahia Pesca. Nos próximos dois meses outros dois repovoamentos estão programados para a região do Recôncavo, em local ainda a ser definido.

A Fazenda Oruabo é o local onde todo o trabalho de pesquisa, criação e reprodução das larvas de caranguejo, até a sua fase megalope, é feito. Antes de serem colocadas nos manguezais, as fêmeas, com ovos e as larvas do caranguejo, são preservadas em tanques especiais, com a assistência de biólogos, para assegurar a reprodução e o repovoamento da espécie, até a liberação em ambiente natural.

Conforme explicou o diretor-técnico da Bahia Pesca, Marcos Rocha, o repovoamento de caranguejo se insere em um conjunto de medidas socioeducativas nas comunidades ribeirinhas, quer sejam nas regiões de manguezais ou rios e lagos. “O repovoamento busca recompor o equilíbrio ambiental destruído pela ação predatória do homem. Por isso é importante a participação das comunidades em ações dessa natureza”.

Incentivo-Ao lado das queixas contra a poluição existente nos manguezais da região, resultado da própria ação do homem, pescadores e marisqueiras de Acupe incentivaram o trabalho da Bahia Pesca, por entender que o repovoamento de caranguejos é uma garantia futura de manutenção da atividade de captura do animal, que emprega hoje mais de três mil famílias na região.

Um dos diretores da Cooperativa de Pescadores e Marisqueiras de Acupe, Arisvaldo Batista, explicou que é preciso incentivo por parte do Poder Público para estimular a preservação da fauna dos manguezais. Atualmente, a produção de caranguejo representa um pouco mais que 50% do que era produzido há três anos. “A nossa esperança é que ações como essas sejam seguidas de outras que auxiliem o pescador e as marisqueiras, pois é daqui (manguezal) que eles tiram o seu sustento”.

A representante da Colônia Z-27, de Acupe, Vera Lúcia Bispo, diz que, no último censo realizado na região, foram cadastradas 1.005 marisqueiras e 1.958 pescadores. Para ela, a maior dificuldade enfrentada é a proibição de se capturar os animais na fase de desova, quando os catadores ficam sem qualquer outro tipo de renda. “O nosso trabalho é de conscientizar para a preservação dos manguezais, mas precisamos de outros tipos de ajuda nesse sentido”.

FONTE AGECOM

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Bahia Pesca repovoa manguezais em Acupe

Postado em 09 março 2010 por Gustavo Medeiros

Até o final desta semana, aproximadamente um milhão de filhotes de caranguejo (megalopas) vão ser lançados nos manguezais de Acupe,localidade de Santo Amaro, entre o Rio Paraguaçu e Baía de Todos-os-Santos.

Este é o segundo repovoamento de caranguejos feito em pouco mais de dois anos na região pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), por meio da Bahia Pesca.

O trabalho é o primeiro que a Bahia Pesca faz sem parceria e a expectativa é que os megalopas atinjam a fase juvenil com pouco mais de um ano a partir da sua colocação nos mangues. Nos repovoamentos, feitos em anos anteriores, o trabalho foi realizado em parceria com a ONG Grupo Integrado de Aqüicultura e Meio Ambiente (GIA) e a Universidade Federal do Estado do Paraná (UFPR).

Conforme explicou o diretor técnico da Bahia Pesca, Marcos Rocha, nas regiões que foram repovoadas, os filhotes de caranguejo deverão se desenvolver até atingir a fase adulta. “Mas, para que isso aconteça, será preciso todo um cuidado ambiental voltado a evitar a ação predatória do homem”.

Conscientização-Para o subgerente da Fazenda Oruabo- centro de pesquisa mantido pela Bahia Pesca, no município de Santo Amaro,José Jeronimo de Souza Filho, além do repovoamento é feito outro trabalho de conscientização ambiental junto às comunidades que vivem no entorno dos manguezais.

Segundo ele, os filhotes de caranguejos que são sendo colocado nos manguezais, só podem ser capturados quando suas carapaças tiverem em torno de seis centímetros de espessura, que é o que a legislação do Ibama permite. “O apoio da comunidade, formada por marisqueiras, catadores, pescadores e comerciantes nessas regiões, é fundamental”, diz José Jerônimo.

A Fazenda Oruabo é o local onde todo o trabalho de pesquisa, criação e reprodução das larvas de caranguejo, até a sua fase megalope, é feito. Antes de serem colocadas nos manguezais, as fêmeas com ovos e as larvas do caranguejo são preservadas em tanques especiais, com a assistência de biólogos, para assegurar a reprodução e o repovoamento da espécie, com a liberação posterior em ambiente natural.

FONTE AGECOM

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Agricultores recebem títulos de terra em Conceição do Almeida

Postado em 22 dezembro 2009 por Gustavo Medeiros

Moradora na zona rural do município de Conceição do Almeida, Maria Zenildes Passos esperava há 56 anos pela regularização fundiária da propriedade da sua família. “Esse momento é muito importante. Estou muito feliz”. Ela produz mandioca, milho, batata, laranja, limão e tem uma pequena criação gado nos cinco hectares que herdou do pai.

Maria Zenildes está entre os 83 agricultores familiares que receberam títulos de terra pelo Governo do Estado, por meio da Coordenação de Desenvolvimento Agrário, da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), durante a 1ª Exposição da Agricultura e Desenvolvimento Rural em Conceição do Almeida, na sexta-feira (18/12).

Segundo o secretário estadual da Agricultura, Roberto Muniz, “receber a regularização fundiária é um marco na vida do trabalhador, pois garante o direito legal da terra e também dá acesso aos programas dos governos estaduais e federais”.

No total são 247 títulos de terra em seis municípios do Território do Recôncavo, além de Conceição do Almeida, Santo Antônio de Jesus, Varzedo, Cabaceiras do Paraguaçu, São Felipe e Governador Mangabeira, informou o supervisor-geral da CDA, Israel Batista Costa.

Em 2004, iniciou-se a regularização fundiária na região, mas, segundo o presidente da Associação Comunitária de Tabuleiros de Menezes, João Silva Pires, “não contemplou todo mundo”. Desde 2007, já foram entregues 22,5 mil títulos de terra em todo estado da Bahia.

Exposição-Com um público estimado em duas mil pessoas, a exposição em Conceição do Almeida teve exibição de animais como búfalos, caprinos e ovinos das raças Dopper e Santa Inês, demonstrações de serviços, artesanatos e flores para comercialização, estandes institucionais da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (Ebda) e do Banco do Brasil, que distribuíram material didático sobre os programas.

“É um momento de muita alegria, pois nunca na história desse município tivemos o apoio da Secretaria da Agricultura”, afirmou o prefeito de Conceição do Almeida, Adailton Sobral(PMDB). Todos os 34 animais foram inspecionados pela Seagri, por meio da Adab, que exigiu a Guia de Trânsito Animal e certificados de saúde.

Veterinários e auxiliares de fiscalização também garantiram a sanidade dos animais durante o evento. Além disso, os agricultores familiares participaram de minicursos promovidos pela Ebda sobre o uso da manipueira, mandiocultura (manejo e utilização nas alimentações humana e animal) e de laticínios; o último abordou a produção de derivados de leite como iogurtes e queijos. Os participantes também assistiram palestras sobre o Programa Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) do Banco do Brasil e o aproveitamento do coco pela Ebda.

FONTE AGECOM

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Embasa realiza último faxinaço do ano em Cruz das Almas

Postado em 03 dezembro 2009 por Gustavo Medeiros

A EMBASA (Empresa Baiana de Águas e Saneamento) realizou na sexta-feira passada (27/11) a última campanha do ano para combater a proliferação do mosquito da dengue e manter a preservação ambiental. A ação visa coletar todo o lixo inorgânico e reciclável nas áreas próximas ao escritório da empresa, no bairro dos Passinhos em Cruz das Almas.

Desta vez, o mutirão se estendeu até as imediações do bairro Dona Rosa e envolveu os funcionários do escritório, alunos e professores da Sociedade Pestalozzi. Foram coletados ao todo cerca de 40 sacos de lixo contendo material plástico, garrafas, sacos, papelão, vidros e pano. Somada as outras três ações realizadas durante o ano de 2009, a EMBASA coletou 160 sacos.

O faxinaço também teve a ajuda da Secretaria de Serviços Públicos (SESP), que fez a limpeza do local e recolheu o entulho encontrado. Além disso, a secretaria disponibilizou o caminhão de lixo para recolher todo o material que foi coletado.

A intenção da EMBASA para o próximo ano é envolver os alunos do Colégio Municipal Clemente Mariani e buscar outras parcerias com a Secretaria Municipal de Saúde no intuito de informar a população através de folhetos explicativos e palestras sobre os riscos da dengue.

Nesta semana, a SESAB enviou 1530 capas para cobertura de caixas d’água, tanques e túneis descobertos, locais onde o Aedes Aegypti deposita seus ovos. As capas serão distribuídas gratuitamente nas residências que apresentam riscos de proliferação da dengue

Por Gustavo Medeiros

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