Defesa de Mestrado | 13DEZ

O rio da Onça comunica: Jaguaripe e suas manifestações culturais como forma de comunicação popular e preservação da memória

Cícero Bernar da Silva Muricy

13.12, às 14h via google meet

Jaguaripe, de pertencente da região do Recôncavo da Bahia para o Baixo Sul, é conhecida pela cidade embebida de beleza natural representada pelos rios que a circulam, mas também como o lugar onde “não acontece nada” derivado das articulações históricas, sociais e políticas que construiu quase que institucionalmente uma espécie de paralisação temporal do local e, consequentemente, da percepção de seus habitantes. Considerando que celebrações populares surgem no âmago das possibilidades de movimentação comunicativa de indivíduos historicamente marginalizados, esta pesquisa busca analisar a partir de uma perspectiva folkcomunicacional a decodificação dos sentidos e significações que estão constituídos nas manifestações culturais da cidade de Jaguaripe e das reivindicações e disputas de espaço por outros grupos invisibilizados. As histórias do município e suas festividades representam e fazem parte da comunicação e do imaginário cultural e popular de Jaguaripe, onde se traduzem em configurações de signos que são empregados na emissão e transmissão de mensagens simbólicas. Para isso, foram analisados os sentidos das narrativas orais nas estratégias identitárias e confraternizadoras que, chegando ao fundo, se revelam enquanto parte das lembranças “esquecidas” da comunidade que somente emergem por meio do rio da Onça (ou rio Jaguaripe, de acordo com a etimologia da palavra em tupi-guarani). A análise teve como metodologia uma abordagem qualitativa com uma pesquisa do estudo crítico das narrativas, de campo e das lembranças dos jaguaripenses através da narratologia e também dos princípios teóricos-metodológicos da Folkcomunicação por meio de entrevistas semiestruturadas com base na narração dos indivíduos escolhidos e de dados em segundo plano registrados pelo documentário Na Pele do Jaguar (2019), as imagens advindas dele e a bibliografia utilizada.

Banca examinadora
Guilherme Moreira Fernandes | presidente - UFRB
José Claúdio Alves de Oliveira | UFBA
Leila Maria Nogueira de Almeida Kalil | UFRB