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Evento

Colóquios em Saúde: Gênero, Ensino Superior e Saúde Mental

02/05 16:00 18:00

Sala 03 - Pavilhão de Aulas - Santo Antônio de Jesus

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Os Colóquios em Saúde - Gênero, Ensino Superior e Saúde Mental - acontece na próxima quinta-feira, dia 02, às 16h, na Sala 03, do Pavilhão de Aulas, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), ministrado pela professora doutora e pesquisadora Paloma de Sousa Pinho.

No evento, decorrente da tese de doutoramento defendida por Paloma Pinho, em agosto de 2018, na Universidade Federal da Bahia, a pesquisadora vai explicar os efeitos do estresse ocupacional, conjugado às demandas familiares, sobre a ocorrência de transtornos mentais comuns entre docentes do ensino superior do ELSA-Brasil.

Ela fará uma análise dos estudos sobre gênero, saúde, trabalho e família entre docentes ainda permanecem pouco presentes na literatura brasileira e internacional.

Segundo ela, os transtornos mentais comuns são caracterizados por quadros de ansiedade, depressão e sintomas psicossomáticos, atualmente considerados um relevante problema de saúde pública e, se não tratados, podem desencadear processo difícil de ser revertido.

Diversos fatores podem relacionar-se ao adoecimento mental, com distinções entre homens e mulheres. As recentes transformações do sistema educacional brasileiro impuseram à docência a lógica do trabalho intensificado e precarizado.

Para ela, a falta de apoio social e pressões decorrentes da alocação de lógicas produtivistas nas atividades docentes (pesquisa, ensino e extensão) têm sido documentados como importantes estressores ocupacionais em ambientes acadêmicos cada vez mais precários e com relações conflituosas.

A interação entre demandas do trabalho e da família também tem gerado tensão e sofrimento, pelas dificuldades de conciliação, sobretudo temporais.

A pesquisa de Pinho integrou o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA- Brasil), um estudo multicêntrico que envolve centros em capitais de seis estados brasileiros (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo).

Neste estudo transversal incluindo 2.252 docentes do ensino superior de diferentes instituições, foi dividido entre 952 mulheres e 1300 homens com idade entre 35 e 69 anos.

Entre os 2.252 docentes estudados, 26,8% das mulheres apresentaram TMC contra 13,6% dos homens. Entre as docentes mulheres, houve influência de todos os aspectos investigados.

Em contrapartida, entre os homens apenas o conflito trabalho-família teve influência para a ocorrência dos TMC. Em síntese, aspectos relativos a gênero que envolvem trabalho, família, tempo insuficiente para si e saúde são temas que permanecem ausentes nas produções acadêmicas dessa temática. Os elementos pautados no debate explorados nas discussões dessa tese reforçam a legitimidade e necessidade de sua abordagem.

Os estressores ocupacionais foram mensurados pela escala sueca do Questionário Demanda-Controle-Apoio Social (DCSQ) e os TMC pelo Clinical Interview Schedule (CIS- R). O pacote estatístico Stata versão 12.0 para Windows foi utilizado para análise dos dados.

Resultados

Como resultados da tese de Pinho foram elaborados os artigos: (1) Estresse ocupacional, saúde mental e gênero entre docentes do ensino superior: revisão integrativa; (2) Transtornos mentais entre professoras e professores do ensino superior do ELSA-Brasil: determinantes do trabalho e da família; e (3) Gênero, estresse ocupacional e transtornos mentais comuns entre docentes do ensino superior do ELSA-Brasil: o tempo insuficiente para cuidar de si e lazer modifica esta associação?

Evento publicado em: 30/04/2019

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