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Audiência Pública discute criação de campus da UFRB em Feira de Santana

02/12/11 10:28 , 13/01/16 15:47 | 863

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01/12/2011 - Jornal Grande Bahia

Na manhã desta quinta-feira (01/12/2011), foi realizada, no Anfiteatro do Módulo II da Universidade Estadual de Feira de Santana, uma Audiência Pública sobre a vinda do campus de Universidade Federal do Recôncavo da Bahia para solo feirense. A iniciativa de promover uma discussão acerca do assunto foi da própria UFRB, através do convite do Reitor Paulo Nacif. O evento foi apoiado pela UEFS e pelo deputado estadual Zé Neto.

O reitor da UEFS, José Carlos Barreto, abriu a audiência falando da importância da vinda da UFRB para a cidade, salientando que há uma necessidade urgente de reverter a atual situação na distribuição de vagas. “Houve historicamente uma inversão das vagas. Hoje 85% de vagas são oferecidas pelas faculdades particulares. Temos que praticar uma completa parceria. Não é uma competição e sim ampliação do diálogo e complementação de ações. Pensamos universidade para toda uma região, contemplando cerca de dois milhões de habitantes”. Existem hoje em Feira de Santana 19 faculdades particulares entre graduação e pós-graduação que se instalam pela ausência de vagas no ensino público. Ele reforçou que uma implantação como esta causará impactos econômicos e sociais de grande proporção, no momento que a cidade passará a ter mais uma forma de inserção educacional de boa qualidade para formar cidadãos.

Dando continuação ao evento, o reitor da Universidade Federal do Recôncavo, Paulo Nacif, fez uma breve apresentação da UFRB que foi criada pela lei 11.151 e sancionada pelo então presidente Luís Inácio Lula da Silva, em 29 de julho de 2005. Ela nasceu de um desmembramento da Escola de Agronomia da UFBA, cuja origem é de 1859 quando foi criada por D. Pedro II. Os atuais centros de ensinos estão dispostos em Cachoeira, Cruz das Almas, Santo Antônio. A universidade começou com 1.141 alunos em 2005 e agora tem mais de 6.000 distribuídos pelos seus campi. Nacif ressaltou ainda a importância da integração entre as universidades e o quanto elas ganharão com isso: “A UEFS e a UFRB poderão dar exemplo de integração para o Brasil inteiro. Temos desafios. Precisamos aumentar a população que tem que deve frequentar a universidade, temos que formar mais mestres e doutores, ter pelo menos 33% da população de 18 a 24 anos com acesso à educação superior no Brasil.” Ele ainda completou falando da necessidade de expandir cursos noturnos, criar mecanismos que garantam o acesso e a permanência dos estudantes nas universidades, assegurando a inclusão social e étnico-racial. Aumentar em 50% a produção tecnológica e científica do país, ampliar o investimento nas IES públicas também faz parte do projeto. “Não temos que concorrer e sim nos um ir para a formação da verdadeira Universidade do Brasil”, finalizou o reitor da UFRB.

O deputado e líder do governo Zé Neto participou da mesa de discussão e destacou que não foi tão simples conseguir esse importante êxito para a região e salientou a atuação do governo para esta implantação. “A importância desse momento não pode ser deixada de lado temos que agradecer ao governador Jaques Wagner que impulsionou a educação na Bahia. Hoje graças à atuação política, a Bahia tem quatro universidades federais”. A questão de inclusão social foi bem defendida pelo parlamentar que revelou um dado muito significativo e que deixou muitos presentes surpresos: “UFRB é a universidade que tem mais negros, mais pobres, e é nota 4 no Brasil. É uma universidade de excelência com a sua maioria de negros e pobres. Temos muito que comemorar, tivemos também a aprovação da APLB de forma unânime com presença maciça de deputados na Assembleia Legislativa. No meu ponto de vista a região é a norte, que tem que ser o grande polo de educação no município, até por que serão 20 milhões de investimentos iniciais na UFRB, gerando cerca de 1.000 vagas para estudantes, chegando a 50 professores. Numa cidade que tem 500 milhões de reais de orçamento do município, 178 milhões destinados à UEFS, sendo assim as duas juntas terão 1/3 do orçamento da cidade. Teremos assim um grande ganho econômico, cultural e social”.

O vice-reitor da UFRB Silvio Luis falou sobre os avanços da universidade um meio às adversidades: “Esse é o momento de promover novas ações, abrir novos campi, houve um descompasso, muitas vezes incontrolado, a questão das obras e entradas dos alunos, mas isso não deve ser um pilar para a expansão. A ampliação deve refletir em outras ações, novos laboratórios, novos professores. Ampliamos 83% nos últimos anos”.

Na ocasião o reitor da UFRB falou sobre a descentralização da educação: “Eu ouvi muito o conselho de Zé Neto no sentido de investir em capacitação integrada, valorizar diversas cidades da Bahia e descentralizar a oportunidade de conhecimento centrada em Salvador”. O deputado Zé Neto concluiu: “Começa assim uma parceria onde a federal e estadual se aliam em prol de uma melhora educacional. Esse momento é único para Feira de Santana. Parabéns UFRB, seja bem vinda!”.

Os vereadores petistas Marialvo e Ângelo Almeida prestigiaram o evento e deram as boas vindas à UFRB, dando a ela total apoio na implantação. Também estiveram presentes no evento: Washington Moura, professor da UEFS, o secretário de educação José Raimundo, Weldes Queiróz, representando o MST, Mendes Valeriano representando o Deputado Federal Valmir Assunção, Beldes Luis, titular da Direc 02, Ivani de Santa Bárbara representando o deputado federal Luis Alberto, Pedro Paulo, presidente da Fundação Buriti e professor da UFRB, além de estudantes e professores da UEFS e sociedade civil.

Ao final foi aberta a palavra para os presentes para indagar sobre essa implantação de tamanha importância para o nosso município. As dúvidas mais frequentes como etapas de implantação e cursos foram prontamente respondidas pelos convidados. Ainda não há uma certeza quanto aos cursos que virão para Feira.

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