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I Festival de Múltiplas Sexualidades: CAHL promove manifestação contra homofobia e debate acesso à educação

21/05/12 12:05 , 13/01/16 15:47 | 1835

No Dia Mundial de Combate à Homofobia, 17 de maio, foi a vez do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), na cidade de Cachoeira, receber o I Festival de Múltiplas Sexualidades da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

A abertura do terceiro dia do evento foi marcada por um ato público contra as opressões, seguido de uma passeata que percorreu as ruas da cidade chamando atenção para os direitos dos homossexuais. O movimento contou com a participação de estudantes, professores e representantes de associações de gênero, como o presidente da Associação do Grupo Gay de Cachoeira, Alexandre Britto, e a coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação (NUGEDS), Ana Cristina Givigi.

‘Homofobia, acesso à educação e estratégias de resistência’ foi o tema do debate no período da noite. Compuseram a mesa institucional o reitor da UFRB, Paulo Gabriel Nacif; a pró-reitora de Extensão, Ana Rita Santiago; o pró-reitor de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis, Ronaldo Barros; a diretora do CAHL, Georgina Gonçalves; a coordenadora de Políticas Afirmativas, Denize Ribeiro; e o estudante Diogo de Oliveira, representante do Coletivo Aquenda! de Diversidade Sexual.

O reitor Paulo Gabriel relembrou a sua origem para destacar que a universidade deve ser um espaço democrático que garanta a todos o direito à educação. “Já somos uma das universidades mais inclusivas do país em relação a estudantes negros e pobres e queremos alcançar o mesmo em relação à diversidade sexual”, defendeu o pró-reitor Ronaldo Barros. Para ele, ao incluir a discussão de gênero e sexualidade no âmbito das políticas afirmativas, a UFRB deu mais um passo significativo em direção a essa conquista. Na opinião de Denize Ribeiro, alguns desafios ainda precisam ser superados, mas a universidade não deve perder de vista seu papel para provocar a reflexão na sociedade como um todo.

O debate seguiu com o Babado Acadêmico. ‘Quem está faltando aqui?’ foi a questão levantada pelos palestrantes convidados ao tratar das dificuldades enfrentadas pelos homossexuais no acesso ao ensino superior. ‘O pior preconceito é aquele velado, institucionalizado’, provocou Leilane Assunção, doutoranda em Ciências Sociais pela UFRN e militante do Grupo Universitário de Defesa da Diversidade e Expressão das Sexualidades (GUDDES). Leilane, que é a segunda transexual doutoranda no Brasil, defendeu que é preciso se apropriar da herança histórica de forma crítica e buscar posicionamentos mais conciliadores entre os movimentos sociais.

Para o professor Fernando Pocahy, do programa de pós-graduação em psicologia da UNIFOR e coordenador do Laboratório de Estudos e Pesquisas Multiversos, é com alegria, ironia e, sobretudo, rigor ético, que podemos questionar ‘as estranhezas impertinentes que se acham domesticadas’. Durante sua fala, ele incitou: ‘libertemo-nos das formas instituídas de produzir e fazer circular o conhecimento!’. O debate teve a mediação da professora do curso de Serviço Social da UFRB Valéria Miranda, que ao final lembrou que o trabalho para uma educação libertária exige práticas de resistência.

Arte como expressão -
Como parte do Festival, os participantes também puderam conferir a exposição ‘Mulher, sexo e sexualidade. Mexeu com uma mexeu com todas’, produzida pelos estudantes de Museologia e aberta à visitação no foyer do auditório. O trabalho orientado pela professora Patrícia Santos destacou os corpos que se entendem como mulher inseridos em diferentes cenários sociais e históricos. ‘Resgatamos as amélias, passando pelos cabarés do século passado até a Marcha das Vadias. A ideia é mostrar a trajetória feminina desde a opressão até sua emancipação sexual’, disse Janaína Miranda, estudante do 5º semestre e membro do Coletivo Aquenda! de Diversidade Sexual.

O Banheirão foi outra atração aberta ao público do evento. A instalação dos estudantes de Artes Visuais representou uma ruptura com os dispositivos da heteronormatividade, trazendo a questão do feminino e masculino como construções sociais. Uma projeção interativa convidava os visitantes a fazer barulho ao tempo em que exibia frases e imagens de impacto que retratavam a violência contra a mulher.

Encerramento –
As atividades do I Festival de Múltiplas Sexualidades seguiram até a sexta-feira, dia 18 de maio. O último dia do evento reuniu os participantes no campus de Cruz das Almas para o debate ‘Trabalhos, pesquisas e fazeres: gênero, sexualidade e diversidade sexual’. Uma exposição coordenada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Violência, Gênero, Raça/Etnia Maria Quitéria apresentou à comunidade os trabalhos acadêmicos nessas temáticas.

‘Esse evento abriu uma possibilidade de diálogo em todos os Centros de Ensino da UFRB, na perspectiva de discutir e construir políticas de gestão, ensino, pesquisa e extensão em gênero e sexualidade’, avaliou a idealizadora do festival e responsável pelo recém-criado NUGEDS, Ana Cristina Givigi. A plenária final votou o plano de ação proposto pelo núcleo, voltado ao acesso e permanência das múltiplas sexualidades na universidade.

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