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Pesquisa de docente é destaque no Festival Internacional do Documentário Musical

17/09/20 18:34 , 17/09/20 20:54 | 1110

O documentário "Memórias Afro-Atlânticas", que mostra o encontro de terreiros de axé de Salvador e do Recôncavo com as gravações de Lorenzo Dow Turner, estreou no Festival Internacional do Documentario Musical na última quinta-feira (10) e segue disponível na  programação Cinema em Casa da plataforma digital Sesc São Paulo gratuitamente até o próximo dia 18. 

A iniciativa é fruto do projeto "Memórias Afro-Atlânticas", idealizado e coordenado pelo professor Xavier Vatin, do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Destaque na imprensa nacional, a produção cinematográfica é da Couraça Criações Culturais com direção de Gabriela Barreto e retrata  a história do linguista negro norte-americano Lorenzo Dow Turner, responsável pelo gravar e fotografar os terreiros de Candomblé, na Bahia entre 1940 e 1941, gerando um acervo inédito.

Pesquisa sobre acervo Turner

O professor Xavier desenvolveu a pesquisa “Memórias Afro-Atlânticas: as gravações de Lorenzo Turner na Bahia”, em 2012, quando esteve na condição de pesquisador visitante na Indiana University (Bloomington, EUA), com bolsa de pós-doutorado financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). “Houve uma repercussão nacional bastante expressiva a partir de 2014, com a divulgação das gravações de Mario de Andrade. As gravações realizadas por Lorenzo Turner na Bahia, assim como o acervo fotográfico por ele coletado, têm gerado uma expectativa muito grande por parte das comunidades religiosas afro-baianas e afro-brasileiras”, explica Xavier.

A pesquisa consistia em primeiro lugar, à restituição, para as comunidades religiosas envolvidas, do acervo sonoro e fotográfico coletado pelo linguista afro-americano Lorenzo Dow Turner na Bahia em 1940/41. Da pesquisa surgiu à proposta de um CD duplo que apresentou para o Brasil uma parcela inédita da obra deste pioneiro do Atlântico Negro, trazendo de volta, 77 anos depois, uma seleção editada e comentada das cantigas, rezas, histórias cantadas e contadas por Martiniano do Bonfim, Menininha do Gantois, Joãozinho da Goméia, Manoel Falefá, entre outras  figuras históricas da cultura afro-brasileira, ilustres representantes do candomblé.

Segundo Xavier, assim como outros artistas estrangeiros, fascinou-se ao ver o tamanho da contribuição africana, ainda que forçada, na formação cultural e social do Brasil. "Na realidade que o Brasil vive, mostrar para a sociedade a importância do legado africano, negro, afro-indígena é cada dia mais premente", comenta.

 Confira álbuns digitais com gravações do projeto.

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