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UFRB celebra dez anos de implantação do CECULT e do CETENS

05/10/23 10:22 , 05/10/23 10:23 | 1285
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Em 27 de setembro de 2013, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) celebrava a implantação do Centro de Ciências e Tecnologias em Energia e Sustentabilidade (CETENS), em Feira de Santana, e do Centro de Cultura Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT), em Santo Amaro. Passados dez anos dessa data, a comunidade da UFRB celebra a consolidação dos Centros como importantes polos educacionais da região do Recôncavo Baiano e seu entorno. 

A criação e posterior implantação dos dois Centros foi resultado de mobilização social e corrobora com a preocupação com o desenvolvimento socioeconômico, científico, tecnológico, cultural e artístico da Bahia e com o comprometimento com o desenvolvimento das regiões em que a UFRB está inserida. Em cada um deles, há a oferta de cursos de graduação e pós-graduação, desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão e promoção de inovação cujas naturezas atendem às realidades que estão inseridos e trazem a marca da identidade local. 

Em dez anos, o CECULT e CETENS já formaram 632 estudantes, entre graduados(as) e pós-graduados(as). São profissionais qualificados nas áreas de tecnologia, educação e cultura. Nas histórias de egressos(as) e estudantes dos dois Centros, estão presentes a inclusão, diversidade, qualidade na formação e compromisso social da UFRB.

Juliana Silva, Vanda de Oliveira Reis, Laísa Ojulepá e Jefferson Nascimento de Brito.
Juliana Silva, Vanda de Oliveira Reis, Laísa Ojulepá e Jefferson Nascimento de Brito.

Primeira turma

A notícia de que haveria um Centro de Ensino da UFRB em Feira de Santana animou a jovem Juliana Silva, estudante do Ensino Médio à época, “pois entendia a importância de uma Universidade Federal para a cidade e região, e  desde aquele momento, surgiu em mim a vontade de ingressar na instituição”. Em 2014, o desejo dela se concretizou com o ingresso na primeira turma de Bacharelado Interdiscipinar em Energia e Sustentabilidade (BES) do CETENS. 

Juliana relembra os desafios envolvidos em fazer parte do início de um curso, potencializados por ser em um Centro igualmente novo. Porém, ela enfatiza o empenho coletivo para o crescimento da instituição e destaca que o compromisso com o ensino, pesquisa e extensão já estava presente desde o começo do CETENS. Durante a sua graduação, a jovem fez intercâmbio e foi bolsista de projetos de  extensão e pesquisa. 

Em 2021, Juliana concluiu a graduação em BES e, no mesmo ano, ingressou na Engenharia de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade e no Mestrado em Educação Científica, Inclusão e Diversidade, ambos também no CETENS.  Atualmente, ela é  bolsista FAPESB no mestrado e desenvolve trabalhos voluntários na área de Educação Inclusiva, Tecnologia Assistiva e Acessibilidade e Formações Continuadas para profissionais de diversas áreas que buscam atuar no sentido da inclusão.

“É muito emocionante ver as mudanças e melhorias que estamos conseguindo implementar no CETENS, o aumento no número de cursos ofertados e de discentes no Centro. Entendo que ainda existem inúmeros desafios, mas acredito que juntos iremos conseguir pensar e construir o melhor para o CETENS, que conta com uma excelente equipe de técnicos, docentes, discentes e terceirizados. Todos nós construímos o CETENS, juntos, diariamente. Dessa forma, contribuímos diretamente com grandes e positivos impactos, que têm um alcance que começa na cidade de Feira de Santana, mas não se limita a ela, indo muito além”, declarou Juliana.

Compromisso

A contribuição à sociedade que a egressa Juliana Silva já realiza também está nos planos da estudante Vanda de Oliveira Reis. Prestes a concluir o Bacharelado Interdisciplinar em Linguagens, Cultura e Tecnologias Aplicadas do CECULT, Vanda ingressou no curso no período pandêmico, aos 55 anos, quando não tinha perspectivas de um emprego seguro e duradouro.

No CECULT, Vanda diz ter encontrado um espaço que comunga com seu compromisso pessoal com a cultura e a inclusão, como mulher, negra e lésbica. Por isso, já tem planos para o futuro. “Estou determinada a contribuir para a inclusão de comunidades tidas como "periféricas" na universidade. O CECULT é o lugar onde encontrei meu propósito e minha voz, e quero continuar essa trajetória com todas, todis e todos que anseiam por oportunidades de trabalho e um mundo inclusivo de verdade. Meu compromisso é de engajamento social e político hoje. E de um futuro mais diverso, inclusivo e  de oportunidades para os meus e para os seus”, afirmou.

Escolha consciente

Laísa Ojulepá é egressa do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Cultura Linguagens e Tecnologias Aplicadas (BICULT) no CECULT. Natural de Salvador, ela escolheu a UFRB de forma consciente, após analisar o Projeto Pedagógico do Curso (PPC), para sua formação como gestora cultural e  para “lapidar os saberes e vivências que eu já havia adquirido ao longo da vida, para construir o que chamo de Afro Gestão Cultural: Uma visão encruzilhante no processo de gestão na área da cultura e arte”, explicou.

Vinda de escola pública e de outra cidade, Laísa destaca o papel da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE) e da política de permanência para a realização do sonho do nível superior com qualidade. No período de graduação, ela afirma ter sido assistida por diversos programas de permanência que a Universidade dispõe, como o auxílio alimentação, bolsa do PET, bolsa para compra de equipamentos tecnológicos, entre outros.  

Atualmente, Laísa é bolsista do PET Conexões de Saberes: Acesso, Permanência e Pós Permanência. Mãe, negra e periférica, CEO do Nagò Contact/Mercado Nagò e dirige um filme autobiográfico Corp'subjetivudades, multiartista de religião de matriz Africana. 

“Hoje me sinto preparada e capacitada para realizar qualquer ação no ramo da cultura, conheço como a universidade e as instância públicas funcionam, realizo ações sociais e culturais na universidade e na minha comunidade”, contou Laísa.

Tripé da formação

Com uma produção científica vibrante em ambos os Centros, a vida acadêmica da comunidade acadêmica abrange a pesquisa e a extensão. Jefferson Nascimento de Brito, estudante de Licenciatura em Educação do Campo/Matemática do CETENS, tem sua formação permeada por projetos de pesquisa e extensão, inclusive em outros municípios, o que segundo ele, possibilita ampliar ainda mais o aprendizado por meio do contato com outras realidades. 

Um dos projetos que Jefferson participa é o “Diálogo Intercultural: diversidade e educação do campo, construindo e diversificando saberes indígenas e quilombolas”, concebido e desenvolvido por ele e pelo estudante indígena Hãmalu, durante a pandemia. O trabalho tem a proposta de desmistificar os estereótipos desses povos. Pensando inicialmente para as redes sociais, o projeto hoje já é feito presencialmente e alcança públicos de outros cursos. 

Além do envolvimento com o ensino, pesquisa e extensão, Jefferson também conheceu o movimento estudantil no CETENS. Ele afirma que foi a própria Universidade e, principalmente, o curso que o ensinaram sobre mobilização e o ajudaram na sua “desalienação”. O jovem quilombola, vindo da comunidade de Barreiros, do município de Itaguaçu, conta que estar em uma universidade era fora de sua realidade.  

Hoje, ele reflete como a expansão da UFRB conseguiu atingir públicos diversos e que estavam à margem do ensino superior. “E durante esses 10 anos pudemos perceber esse Centro progredir e se tornar referência, contribuindo não somente no Portal do Sertão, mais e diversos outros territórios de identidade dos Estado da Bahia”.

Avaliações e perspectivas

Atualmente, o CECULT oferta oito cursos de graduação e três cursos de pós-graduação. São 91 estudantes já graduados e 184 pós-graduados. Os bons números de egressos e de oferta de cursos são indicativos da importância do Centro e também trazem novas perspectivas, como observa a professora Rita de Cássia Dias Pereira de Jesus, diretora da unidade. “Ao completar 10 anos, o CECULT inicia uma nova etapa de sua atuação, na qual deve ampliar os vínculos interinstitucionais no campo da Cultura e das Artes, tanto no interior da Bahia, quanto na capital, diversificando assim, as estratégias formativas a disposição de docentes e estudantes”, declarou. 

Por sua vez, em seus dez anos, o CETENS já entregou à sociedade 357 profissionais qualificados e, atualmente, registra 1282 estudantes e 79 discentes da pós-graduação. O CETENS oferece oito cursos de graduação e quatro cursos de pós-graduação.  Para Jacson Machado Nunes, diretor do CETENS, “são dez anos de implementação de um projeto de centro de ensino ousado, desafiador e inovador. Uma construção coletiva, um trabalho de muitas mãos, muitos olhares e muita determinação. A certeza é única: vale a pena”. 

Visite as páginas do CECULT e do CETENS e saiba mais sobre a atuação deles.

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