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Mensagem do Reitor aos novos docentes

26/08/08 16:13 , 13/01/16 15:35 | 1800
A Prograd realizou um Seminário de Integração dos novos docentes da UFRB no dia 26 de agosto no Campus Cruz das Almas. Na abertura do evento o Reitor Paulo Gabriel Nacif deu boas vindas, com a mensagem abaixo:

Mensagem aos novos docentes da UFRB

Prezados Professores e Professoras,

“ Diante da vastidão do tempo
e da imensidade do universo,
é uma grande alegria para mim compartilhar
um planeta e uma época com você “

Carl Sagan

Sejam bem-vindos à UFRB.  Esse é o sentimento e o desejo, não apenas da Reitoria, mas de toda a comunidade acadêmica, representada pelos docentes, discentes e servidores técnico-administrativos. Nas condições de Reitor e Vice-Reitor (mas, sempre professores), saudamos a todos os novos colegas e compartilhamos ainda a satisfação e a alegria em recebê-los.

Aos que chegam, queremos que não peçam licença, já esperávamos por vocês. Ocupem suas posições nesta caminhada e, imediatamente, comecem a garantir junto conosco a eficiência do caminhar. Ainda temos muito por fazer e a partir de agora vocês são protagonistas de mais um capítulo a ser escrito na história da UFRB e conseqüentemente da Bahia.

Após 60 anos a Bahia vive a incrível experiência de construir uma nova universidade federal. A conquista da UFRB foi resultado de uma luta memorável da qual os baianos de todos os cantos participaram e cabe a nós professores, pesquisadores, estudantes e técnico-administrativos a principal tarefa de instituir a universidade sonhada.

Mesmo tão jovem a UFRB recebe vocês com a honra de quem herda a tradição milenar de universidades como Bolonha e Pádova. Neste sentido, queremos nos tornar uma universidade plena, que seja muito mais que a soma de centros, cursos ou atividades isoladas. Queremo-nos capazes de compreender toda a riqueza e diversidade da cultura, da ciência e da arte que a humanidade desenvolveu, desenvolve e desenvolverá.

É formidável saber que estamos instituindo uma universidade no Recôncavo da Bahia: Neste espaço se vive uma das mais ricas experiências civilizatórias no Novo Mundo - síntese da convivência de grande diversidade de povos com trajetórias históricas, culturas e projetos distintos.

Não há como esquecer que existe hoje uma clara preocupação em orientar, em alguma medida, as funções universitárias para objetivos econômicos e socio-culturais específicos.  E, sem dúvidas, essa exigência de especificidade aparece claramente quando se trata de um território como o Recôncavo da Bahia.

A nossa universidade tem atribuições de articulação entre saber científico e a complexa realidade do Recôncavo.  A sua instalação neste território deverá somar à instituição, necessariamente, contornos sócio-espaciais pela incorporação, em determinado grau, do contexto econômico, político, cultural e histórico do seu entorno, nas funções que exerce.

Neste aspecto, sem perder a noção de universalidade, o Recôncavo pode ser assumido como “região de aprendizagem”, buscando-se ações sinérgicas entre a universidade e o referido território, de modo que ela contribua para a  constituição de competências regionais.

Notadamente numa universidade em formação é compreensível que o debate sobre a função social da universidade seja evidenciado. Para alguns, essa função deveria se concentrar na geração de conhecimento, independentemente da sua aplicabilidade imediata. Já para outros, a geração de conhecimento deveria ser diretamente orientada de acordo à sua aplicabilidade, seja econômica, através de novos produtos e processos, ou de pessoal formado de acordo ás exigências do mercado de trabalho, seja social, a partir da aplicação do conhecimento para resolver problemas sociais. Cria-se assim um debate, onde as posições tendem a se polarizar, entre aqueles que defendem a neutralidade da universidade e outros que por sua vez são acusados de instrumentalizar a sua atuação, descaracterizando sua função primordial, que é a geração de conhecimentos. Apesar dos acalorados debates, trata-se no fundo de um falso dilema que, espero, a UFRB ultrapasse rapidamente. A universidade não pode renunciar nunca a sua finalidade primordial, que é contribuir com o desenvolvimento das pessoas e gerar de conhecimento com qualidade. Sem isso ficaremos descaracterizados e perderemos o reconhecimento da sociedade. Mas evidentemente existe hoje um grande desafio: gerar conhecimento de qualidade que dialogue permanentemente com outros setores da sociedade que são, em última instância, os que sustentam e dão legitimidade à atuação da própria universidade.

Sempre que temos oportunidade pontificamos que a real essência da universidade não é, tão somente, o ensino, a pesquisa e a extensão, em si mesmo, mas principalmente os indivíduos envolvidos nesses processos. O ensino, a pesquisa e a extensão são importantes porque por meio deles a universidade ajuda a elevar a existência do ser no mundo. Mas devemos estar atentos: nós, professores, servidores, estudantes, cientistas, técnicos, cidadãos, somos os produtos verdadeiramente preciosos que são oferecidos à sociedade e nós, com a vontade de potência, nossa força humana, somos capazes de enriquecê-la e melhorá-la. Esse é o nosso papel: gerar pessoas, nos gerar, nos construir permanentemente e nos oferecer cada vez melhores à sociedade em que estamos inseridos e que nos mantém.
 

Com grande estima,
 
Paulo Gabriel Soledade Nacif
Reitor 
      Silvio Luiz de Oliveira Sóglia
        Vice-Reitor 
 
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