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Pós-doutorado

O pós-doutorado como janela para a inovação científica

por Alessandro Prates | Mestrando do PPGCOM

 

O pós-doutorado, uma etapa fundamental na trajetória acadêmica de recém-doutores, representa mais do que um período de transição. É uma oportunidade de aprofundar conhecimentos e explorar novos caminhos na pesquisa.

Francisco Alves Junior, pós-doutorando da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), compartilha conosco os desafios e descobertas finais de seu processo de pesquisa. Em um breve bate-papo, Chico, como é comumente conhecida da UFRB, compartilha conosco como o pós-doc lhe proporcionou espaço para inovação científica, destacando a importância dessa fase tanto para os pesquisadores quanto para as instituições acadêmicas e empresas.

Chico, conta um pouco pra gente sobre o seu projeto de pós-doc e porque escolheu a UFRB.

Minha pesquisa de pós-doutorado, intitulada, “Tem muito mais coisas em jogo: dissensos e corpos em cena em documentários sobre futebol”, financiada pelo CNPQ, teve como objetivo analisar um conjunto de documentários brasileiros sobre futebol (de diferentes décadas), com a intenção de entender como as relações entre estética/política, experiência e performance são responsáveis pela criação de uma cena dissensual. E a escolha pelo PPGCOM da UFRB se deu por alguns motivos. Sou integrante do GEEECA, coordenado pela Prof.ª Angelita Bogado e pelo Prof. Jorge Cardoso Filho, supervisor da pesquisa - e foi lá que o projeto foi gestado, e entendo que esse projeto só poderia ser realizado na UFRB. O outro motivo, tem relação com a qualidade do PPGCOM, com as pesquisas do Programa, com o corpo docente e com o corpo discente.

Quais os principais desafios você encontrou durante a vivência do pós-doc?

De fato, o pós-doc foi bastante desafiador. Primeiro, porque eu pude ministrar, junto com a amiga e também pós-doutorada, Scheilla Franca de Souza, uma disciplina no mestrado. Eu só tinha experiência como professor na graduação. Outro desafio diz respeito a própria pesquisa: mesmo sendo uma pessoa que gosta de futebol - especialmente na condição de torcedor e de espectador de programas esportivos, me vi completamente envolvido com os debates em torno da relação do futebol com o documentário e suas relações com a cultura brasileira e com as formas de sociabilidade. Foi um desafio positivo, se eu posso falar assim, mas ao mesmo tempo difícil porque eu queria escrever e apresentar trabalhos em congresso sobre tudo ligado a documentários e futebol, o que é desafiador para uma pesquisa de um ano.

Como foi sua experiência colaborando com outros pesquisadores ou grupos de pesquisa durante essa período?

Foi desafiador e também gratificante. Eu pude conhecer a pesquisa das colegas e dos colegas e agregar várias referências ao meu trabalho - e espero ter contribuído com a pesquisa deles de algum modo.

Como finalização desse percurso teremos um filme correto? Conta um pouco pra gente como foi desenvolver esse filme. Por que um filme?

Na verdade, teremos o Seminário documentário, futebol e outras artes, que acontece nos dias 11 e 12 de março, no CAHL, como uma das atividades do meu pós-doc (além de ministrar uma disciplina no PPGCOM, participar da GEEECA, de congressos e de enviar textos para publicação em revistas). No primeiro dia do Seminário, teremos mesas de debates e no segundo dia uma mostra de documentários baianos sobre futebol. Vai ser bem bacana!

A programação completa pode ser acessada no site do PPGCOM: https://www.ufrb.edu.br/ppgcom/pt-br/noticias/541-seminario-documentario-futebol-e-outras-artes

Como você vê a produção de outras linguagens, para além da escrita, para a pesquisa em comunicação?

Importantíssimo. Eu e Scheilla, junto com as mestrandas e os mestrandos, testamos na nossa disciplina e deu super certo.  A universidade ainda está muito presa ao texto como a única forma de avaliação das atividades acadêmicas. Tivemos documentário, podcast, ensaios sonoros, ensaios fotográficos e também artigos acadêmicos como resultado final da disciplina. Eu fiquei bastante feliz e satisfeito com o resultado.

Quais seus planos futuros?

Vou seguir no GEEECA - pretendo continuar com a pesquisa sobre o futebol nos documentários brasileiros e continuar produzindo artigos, apresentando trabalhos em congressos e, quem sabe, fazer concursos para professor. Além disso, faço pesquisa para projetos e produções audiovisuais e podcasts (conteúdo, personagem, iconografia, histórica, etc).

Nós do PPGCOM, e da UFRB, só temos a agradecer a Francisco Alves Junior por sua valiosa contribuição e dedicação durante seu período como pós-doutorando. Suas partilhas e trocas de conhecimento enriqueceram não apenas nosso programa, mas também toda a comunidade acadêmica. Desejamos a Chico sucesso contínuo em sua jornada e esperamos que nossos caminhos se cruzem novamente, alimentando assim um ciclo sempre vivo de aprendizado e colaboração.

PPGCOM24 MAR post 01 01

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