Desefa de Mestrado | 09JUN
E eu, não sou uma criança? Uma análise do Radinho BdF e suas concepções de infâncias em afroperspectivas
Eliana de Jesus Santos
09JUN - 14h30 | google meet
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Esta pesquisa analisa como o programa de rádio Radinho BdF aborda questões étnico-raciais pela perspectiva da infância. Segundo a hipótese, isso ocorre por meio de narrativas de valorização e difusão de aspectos socioculturais das culturas afrodiaspóricas e suas perspectivas de infância. A pesquisa compreende a afroperspectiva como um viés epistemológico enraizado na experiência afro-brasileira, que propõe pensar o conhecimento desde o tronco das infâncias, compreendidas como um fenômeno vivido no presente. Trata-se de uma pesquisa indutiva, que se organiza a partir da análise de três episódios do programa, fundamentando-se nos pensamentos de estudiosos que abordam infâncias afroperspectivas e alacridade – Noguera (2019), Walter Kohan (2010), Muniz Sodré (2017) -, linguagem radiofônica - Balsebre (2000), Carmen Lucia José e Marcos Júlio Sergl (2015) - e oralidade (Ong, 1998). Outros autores também são acionados com o objetivo de articular saberes que não se restringem ao repertório cultural ocidental. As estratégias metodológicas baseiam-se na análise da narrativa, amparada nos aportes teóricos de José Luiz Fiorin (2013), e da paisagem sonora, de acordo com R. Murray Schafer (2001). Recorre-se também ao conceito de interseccionalidade e afetividade, conforme proposto pelas pesquisadoras Kimberlé Crenshaw (1980), Carla Akotirene (2019) e bell hooks (2021), para a apreensão dos relatos de crianças presentes nos episódios. Conclui-se, por fim, que o Radinho BdF aborda as questões étnico-raciais por intermédio das narrativas que promovem a valorização e a difusão de aspectos socioculturais das culturas afrodiaspóricas e suas concepções de infância.
Banca examinadora
Profª. Drª. Regiane Miranda de Oliveira Nakagawa | presidente - UFRB
Profª. Drª. Ludmila Moreira Macedo de Carvalho | PPGCOM - UFRB
Profª. Drª. Fábio Sadao Nakagawa | UFBA